Ao embasar uma análise sociológica materialista, histórica e dialética, Karl Marx e Friedrich Engels buscam evidenciar um novo estudo empírico: como, em realidade, a sociedade se produz ou reproduz materialmente, através das modificações temporais, sob movimentos contrários ou ainda contraditórios.
Sob
essa ótica, tal perspectiva enfatiza a importância do trabalho enquanto origem
do estudo sociológico, uma vez que dele surge a mercantilização da vida, a qual
embasa os principais preceitos dos autores: luta de classes, alienação do
trabalhador e crítica a Filosofia Idealista.
Assim,
diferentemente da análise positivista de Hegel, por exemplo, os autores em
questão buscam entender os conflitos entre a classe dominante e a dominada e
como ele influencia a vida social geral, a qual, deve ser mediada por um
Direito sensível a tais desigualdades.
Sob
essa análise, entende-se que medidas desiguais devem ser aplicadas para harmonizar
realidades desiguais. Esse raciocínio, aplicado a Lei de Cotas ou ainda ao
Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero, fundamenta a crítica ao
Idealismo proposta por Marx e Engels, uma vez que o Direito deve ser mecanismo
de luta e adaptação social.
Além
disso, percebe-se que a luta de classes, analisada pelos autores no contexto da
Revolução Industrial, perpetuou-se, de como a alcançar, também, a era
tecnológica contemporânea. Assim, os meios tecnológicos, formulados e
utilizados por uma elite, permanecem sendo instrumentos de dominação, com o
qual a classe dominante manipula e dissemina seus princípios, subalternando a
classe dominada
Portanto,
nota-se que, mesmos passados mais de 90 anos desde sua publicação inicial, tal
estudo de Marx e Engels continua a vislumbrar problemáticas atuais, ainda que
sob o ataque constante do estereótipo do ‘’fantasma do Comunismo’’.
Isabella Peres Alves da Silva 1º ano Direito Matutino
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