Ao trazer uma concepção materialista da história, Marx sugeriu uma nova compreensão da realidade, se baseando inteiramente nessa para a evolução de seus estudos, ao contrário de Hegel, o qual criticava por seu caráter idealista, ao propor que a realidade era uma manifestação da ideia e que o Direito tinha sentido de universalidade. Por se basear no real, Marx traz como cerne de sua teoria as relações materiais, que regem a sociedade ao valorizar os meios de produção como o principal motor da história, desconsiderando o idealismo.
Além disso, as teorias marxistas abordam também a religiosidade como uma parte miserável da vida dos indivíduos. A religião segundo Marx é "...o suspiro da criatura oprimida...", trazendo uma felicidade ilusória baseada na ignorância e na alienação. Isso pode se relacionar com a religião Mórmon, criada nos Estados Unidos em 1830, a qual se baseia na pregação que Jesus Cristo, após sua crucificação, ressuscitou nas Américas e continuou pregando seu evangelho aos colonos do Norte. A religião Mórmon considera-se a única religião correta e incentiva seus fiéis a não entrarem em contato com "as coisas do mundo", podendo ser considerada uma seita por seu caráter alienador e exclusor. Essa religião exemplifica perfeitamente a miséria religiosa proposta por Marx, pois promove o afastamento de seus fiéis do "mundo" e a pregação de sua ideologia para a salvação universal, afastando os indivíduos de uma realidade diferente da orientada pela igreja e condenando qualquer tipo de sociedade contra os valores da "família, pátria e Deus".
Torna-se claro que as ideologias marxistas estão conectadas a realidade por meio de suas relações de alienação e poder, esclarecendo as mudanças históricas da sociedade como orientadas pelo materialismo e pelos meios de produção, trazendo a religião como o princípio da alienação e demonstrando a realidade como o principal objeto de estudo e compreensão. Criticar os Mórmons é somente parte inevitável do método.
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