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domingo, 7 de abril de 2024

Mormons criticando Marx e Marx criticando mormons

As teorias sobre o materialismo histórico propostas por Marx e Engels podem exemplificar várias relações socias da atualidade, tais como as relações de poder e a própria interação da sociedade, trazendo como fato que o princípio ontológico são os meios de produção, tal qual um certo "determinismo econômico".
Ao trazer uma concepção materialista da história, Marx sugeriu uma nova compreensão da realidade, se baseando inteiramente nessa para a evolução de seus estudos, ao contrário de Hegel, o qual criticava por seu caráter idealista, ao propor que a realidade era uma manifestação da ideia e que o Direito tinha sentido de universalidade. Por se basear no real, Marx traz como cerne de sua teoria as relações materiais, que regem a sociedade ao valorizar os meios de produção como o principal motor da história, desconsiderando o idealismo.
Além disso, as teorias marxistas abordam também a religiosidade como uma parte miserável da vida dos indivíduos. A religião segundo Marx é "...o suspiro da criatura oprimida...", trazendo uma felicidade ilusória baseada na ignorância e na alienação. Isso pode se relacionar com a religião Mórmon, criada nos Estados Unidos em 1830, a qual se baseia na pregação que Jesus Cristo, após sua crucificação, ressuscitou nas Américas e continuou pregando seu evangelho aos colonos do Norte. A religião Mórmon considera-se a única religião correta e incentiva seus fiéis a não entrarem em contato com "as coisas do mundo", podendo ser considerada uma seita por seu caráter alienador e exclusor. Essa religião exemplifica perfeitamente a miséria religiosa proposta por Marx, pois promove o afastamento de seus fiéis do "mundo" e a pregação de sua ideologia para a salvação universal, afastando os indivíduos de uma realidade diferente da orientada pela igreja e condenando qualquer tipo de sociedade contra os valores da "família, pátria e Deus".
Torna-se claro que as ideologias marxistas estão conectadas a realidade por meio de suas relações de alienação e poder, esclarecendo as mudanças históricas da sociedade como orientadas pelo materialismo e pelos meios de produção, trazendo a religião como o princípio da alienação e demonstrando a realidade como o principal objeto de estudo e compreensão. Criticar os Mórmons é somente parte inevitável do método.

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