A obra “ A Ideologia Alemã ” de Karl Marx e Friedrich Engels critica a abstração de filósofos alemães como Hegel e Feuerbach. A crítica gira em torno da ignorância da real condição material de existência do homem. Verificável empiricamente, desenvolve-se a ideia de materialismo histórico. Tal ideia consiste no fato da história ser, segundo os autores, a sucessão de gerações que exploram os materiais, os capitais e as forças produtivas transmitidas pelas gerações anteriores, tendo a história passada uma única finalidade: gerar a história presente. Desse modo, o presente representa o conjunto das explorações sofridas pelo homem.
Outro ponto de destaque na obra é a distinção entre classe dominante e classe revolucionária. Em cada época, se acreditou no que essa mesma época disse de si mesmo, tendo em vista que o pensamento dominante era também o pensamento da classe dominante. Dessa forma, coube a classe revolucionária contestar esse valores. Apesar da necessidade de revolucionar as ideias, não são as ideias revolucionárias que mudam as condições sociais. Mas, sim, a prática dessas ideias.
O melhor exemplo de prática das ideias que visavam modificar a estrutura social foi a Revolução Russa de 1917. Naquele contexto, o proletariado russo saturado pela exploração histórica czarista e dos detentores dos meios de produção, que ignoravam a verdadeira condição material de existência do homem, tentou por meio da modificação do sistema econômico melhorias nas condições de vida. No entanto, conforme explicado por Marx e Engels, ao dominar o poder político passaram a apresentar o interesse próprio como interesse dominante e a suprimir as minorias. Exemplo disso foi a concentração de poder por Stalin ( ditadura Stalinista) que determinou seu próprio interesse como interesse de todos, arruinando o sonho comunista de um autogoverno proletário, no qual o proletariado se organizaria para governo da comunidade.
ULISSES DE ALMEIDA E MELLO- 1º ANO/ DIREITO NOTURNO
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