Desde o princípio da história o homem buscou
explicar a natureza, fosse através da crença em seres fictícios, fosse por meio
da ciência construída ao longo de séculos. Por muito tempo acreditou-se que
todo aquele conhecimento que se baseava em alicerces não comprovados pela
ciência era falho, facilmente refutável e muitas vezes falacioso, sendo,
portanto, um atraso intelectual gigantesco para a humanidade. Com o advento da
teoria positivista de Augusto Comte, porém, obteve-se uma mudança na
importância aplicada no que diz respeito a todo conhecimento teológico
anteriormente produzido. Segundo a teoria positivista, a atividade científica
da humanidade passa por três momentos específicos: teológico, metafísico e
positivo. Este último seria aquele de melhor aproveitamento intelectual ao
homem, e, portanto, o mais avançado entre os demais. Confunde-se, porém, aquele
que acredita que seria possível passar diretamente para o estado positivo, já
que Comte afirma que tanto o estágio metafísico como o teológico serviram como
doutrinas provisórias para a chegada ao positivismo e são/foram, assim sendo,
indispensáveis. Além disso, afirma que a teologia serviu para retirar o homem
do círculo vicioso que era ter que observar para chegar-se a uma teoria sobre
algo, e, ao mesmo tempo, necessitar de uma teoria que dissesse que é através do
empirismo que pode-se chegar a algum conhecimento, já que se baseou em
fundamentos não científicos. Portanto, ao contrário do que muitos pensam,
principalmente no que diz respeito à Idade Média, tida como idade das trevas, o
estágio teológico foi fundamental para que se chegasse ao conhecimento extremamente
avançado que se tem hoje em dia.
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