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sexta-feira, 1 de junho de 2012


                No final do século XVIII, o Socialismo surge como uma alternativa ao método até então vigente, no entanto, ainda de forma muito primitiva e inocente. Autores como Saint-simon que exaltava o conflito entre trabalhadores e ociosos ou mesmo Robert Owen com sua teoria de que o trabalho tem um fim coletivo não conseguiam obter uma aplicabilidade para sua teoria. O socialismo primitivo assume, portanto, um aspecto utópico e não prático. Contudo, deve-se lembrar e exaltar a importância desses autores que nas palavras de Engels são “homens iluminados” já que foram eles que romperam com os modelos até então aceitos e aplicados, eles foram os escolhidos pelo acaso para trazer ao mundo bases para teorias mais bem formuladas e aplicáveis.
                Engels enxerga o socialismo como uma ciência e, para tanto, o mesmo deve ser algo real e não mera abstração metafísica. O enfoque deve ser geral e dinâmico, ao contrário do isolamento estático atual, para Engels a transformação é permanente. Tal teoria é por si só conflitante com a apresentada por Hegel, onde o mesmo diz que o real são as projeções de idéias. Para Engels, tais idéias podem levar a conclusões falsas e podem ser danosas.
                Engels parte então para uma analise histórica da humanidade e percebe que desde o Estado primitivo, toda a história é a história da luta de classes, todo conflito é o conflito de classes. As condições inerentes ao capitalismo como a competição brutal, o acumulo de capital e por conseqüência o aumento da miséria gera uma instabilidade social o que propicia um descontentamento com o atual modo de produção e, a partir disso, ele conclui que o Socialismo é algo inevitável.

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