No
final do século XVIII, o Socialismo surge como uma alternativa ao método até
então vigente, no entanto, ainda de forma muito primitiva e inocente. Autores
como Saint-simon que exaltava o conflito entre trabalhadores e ociosos ou mesmo
Robert Owen com sua teoria de que o trabalho tem um fim coletivo não conseguiam
obter uma aplicabilidade para sua teoria. O socialismo primitivo assume, portanto,
um aspecto utópico e não prático. Contudo, deve-se lembrar e exaltar a importância
desses autores que nas palavras de Engels são “homens iluminados” já que foram
eles que romperam com os modelos até então aceitos e aplicados, eles foram os
escolhidos pelo acaso para trazer ao mundo bases para teorias mais bem
formuladas e aplicáveis.
Engels
enxerga o socialismo como uma ciência e, para tanto, o mesmo deve ser algo real
e não mera abstração metafísica. O enfoque deve ser geral e dinâmico, ao
contrário do isolamento estático atual, para Engels a transformação é permanente.
Tal teoria é por si só conflitante com a apresentada por Hegel, onde o mesmo
diz que o real são as projeções de idéias. Para Engels, tais idéias podem levar
a conclusões falsas e podem ser danosas.
Engels
parte então para uma analise histórica da humanidade e percebe que desde o
Estado primitivo, toda a história é a história da luta de classes, todo
conflito é o conflito de classes. As condições inerentes ao capitalismo como a
competição brutal, o acumulo de capital e por conseqüência o aumento da miséria
gera uma instabilidade social o que propicia um descontentamento com o atual
modo de produção e, a partir disso, ele conclui que o Socialismo é algo inevitável.
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