Ao defender que cada indivíduo possuía uma única função
dentro da sociedade, Comte acaba por justificar as formas de dominação
existentes no tão recente capitalismo da época e desenvolve uma maneira de
embelezar essa dominação.
Comte afirma que
para que os indivíduos mantenham sua função dentro da sociedade devem ter consciência
de sua importância além de possuir condições suficientes para exercer tal
papel. O que aparentemente parece justificável não passa de falácia. As elites,
que comandam a estrutura social, não possuem sensibilidade bastante para
instituir a quantidade necessária para uma vida digna da classe trabalhadora.
Afinal, quanto mais dinheiro concedido, menor o lucro.
Portanto, os
barracos e os misereis salários seriam, para os dominantes, condição digna de vida. É a visão dos que comandam o Estado que promoveria a reforma educacional
e as medidas assistencialistas positivas, o que Comte desconsidera é que essa
visão não condiz com a realidade da classe dominada, essa visão é pautada em
pré-conceitos, em suposições, não sendo aceitas nem mesmo pelos pensadores que
o influenciaram: Descartes e Bacon, por não ser sólida,verificável.
A teoria de Comte
não deve ser desconsiderada, no entanto a aplicabilidade da mesma, mantendo seu
caráter dependente, é impossível.
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