Entender
o papel do Direito na sociedade é impossível sem antes compreender os
comportamentos sociais como um todo. Assim, a base social-filosófica mostra-se indispensável
na formação do jurista, uma vez que dela surgem importantes reflexões e adaptações
para o mundo jurídico.
É inegável
que o Direito fundamenta-se como mecanismo de poder e influência – de forma que
mulheres e a comunidade LGBTQIA+, por exemplo, foram marginalizadas durante
séculos desse exercício-, de forma que surge a seguinte questão: Seria o
Direito um mecanismo de mudança social ou um obstáculo para ela?
Resta-nos
apropriarmo-nos dele e torna-lo um instrumento de combate, de modo a afastar a
percepção puramente normativa do Direito, e ressignificá-lo para entender e
inserir profundamente a pluralidade social contemporânea. Para isso, o pensar
crítico, propiciado pela filosofia e sociologia, é essencial, perpetuando uma
versão dialética dessa ciência, e não estática impositiva.
Outrossim,
nota-se que essa luta, embora necessária, não se mostra fácil. Diante do
cenário atual de desilusão da juventude quanto ao Direito, que infelizmente
ainda prepondera Positivo, algumas questões propostas pelo Prof. Dr. Agnaldo de
Sousa Barbosa merecem retomada nessa análise: ‘’Qual outra alternativa senão o
Direito?’’, ‘’Recuar a luta é um ato anticívico’’ ou ainda ‘’Vivemos em um
tempo em que não podemos nos dar o luxo de sermos pessimistas’’. Tais
constatações, por mais severas que sejam, demonstram que propagar bases sociais-filosóficas
para juristas não é lutar apenas por uma mudança atual, mas também uma forma de
garantir o ‘’Direito do amanhã’’, no qual a ‘’imaginação sociológica’’ seja
alicerce de uma sociedade plural e integrada.
Isabella Peres Alves da Silva 1°ano Direito Matutino
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