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domingo, 6 de abril de 2025

O Positivismo contra a ética

 O Positivismo, corrente filosófica elaborada pelo filósofo francês  Auguste Comte, é entendido como sendo uma espécie de "física social", uma ciência da sociedade que defendia que apenas os conhecimentos científicos eram verdadeiros, e não os religiosos ou metafísicos, com objetivos, entre outros, de analisar a sociedade como um todo e compreender as leis naturais da sociedade e até mesmo propor normas de comportamento. Para Comte, existiam três estágios pelo qual um Estado ou sociedade passariam, o teológico, o metafísico, e por último, e considerado a melhor forma, o Estado positivo, no qual o mundo seria regido pela ciência, e a principal forma de de conhecimento seria com observação e experimentação, o que abririam as portas para um grande desenvolvimento e progresso.

Para Comte, diversos dos Estados atualmente seriam considerados os " Estados positivos", representando o ideal para uma sociedade, porem, em contraste, o observado na realidade é que esses " Estados ideais" não são totalmente bons para sociedade e apresentam diversas contradições éticas. 

Como exemplos atuais, é valido citar o impacto ambiental, que na visão de um Estado positivista, voltado para o progresso e visando a evolução científica, eficiência, e produtividade, não levaria em consideração os impactos da atividade humana no meio ambiente. Assim como o desenvolvimento de armas nucleares, que representariam progresso científico, mas não seria levado em consideração as consequências de sua criação e uso na sociedade.

Portanto, apesar de que pelas considerações de Comte o Estado positivo é a melhor opção para uma sociedade, é evidente que seu uso na prática encontra contradições éticas e não funciona como o proposto pelo filósofo, e não se enquadra, na realidade atual, como modelo ideal, ou ápice do desenvolvimento de uma sociedade.


Lucas Bessa Sanchez-direito Noturno

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