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sábado, 22 de março de 2025

Os Movimentos Antirracistas perante a Imaginação Sociológica

Os movimentos antirracistas surgiram com o foco em combater o racismo, a desigualdade racial e garantir os diretos que são segregados, majoritariamente, da população negra. Essa iniciativa busca refletir como as estruturas socias são hierarquizadas racialmente, buscando prover uns e rebaixar outros.

Seguindo essa lógica, movimentos muito conhecidos como Black Lives Matter, que surgiu após o assassinato de um jovem negro, Trayvon Martin, em 2013, por conta do ataque de um vigilante que estava armado. Vale ressaltar que não houve consequência nenhuma e o vigilante George Zimmerman foi absolvido do caso, gerando grande comoção na sociedade, principalmente pelos privilégios que a população branca tem em relação a negra.

Entretanto, o posicionamento de “soberania” enraizado nos costumes da população evidenciam as questões raciais em diversos países, que está sendo cada vez mais recorrente e normalizada, reverberando em um conjunto de considerações antiéticas e desumanas. Porém, a partir do momento que os movimentos antirracistas entram em ação, a postura de solidariedade da sociedade ganha forma, sendo que antes estavam mascaradas.

 Diante desse viés, o sociólogo C. Wrigh Mills em sua obra “Imaginação Sociológica”, explica como situações taxadas como experiências individuais refletem na estrutura social, por exemplo, casos de discriminação racial não estão ligados apenas a vivência, como vítima, de uma única pessoa e sim de um conjunto de pessoas, onde também são fenômenos sociais estabelecidos nas estruturas de poder e nas desigualdades. Por meio disso, os indivíduos passam a perceber que um problema de sua vida pessoal, na verdade está mais para um problema coletivo.

Por fim, os movimentos antirracistas estão presentes para que as mudanças possam ser estabelecidas, mudando um contexto considerado individual, como o racismo, que está conectado a uma série de fatores que retomam os primórdios da história humana. A partir disso, a população pode questionar e desafiar as instituições que persistem no racismo estrutural, buscando a mudança nas condições socias, políticas e econômicas que mantém as desigualdades, promovendo meios mais igualitários e justos

Maria Eduarda Siqueira Alves dos Santos - 1° ano - Direito - Matutino 

Um comentário:

  1. Olá, Maria Eduarda, tudo bem? A desigualdade racial, pelo menos em nosso país, é visível. Realmente é importante que os movimentos sociais deixem a situação sempre em foco. Parece-me que já estamos no processo de transição para a mudança. Mas o processo é demorado e talvez não o experimentemos tão cedo. Tem alguma ideia para acelerarmos o processo? Com respeito, Alliprandino.

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