O Positivismo surge como uma resposta às transformações sociais causadas pela Revolução Industrial. Com o objetivo de oferecer soluções racionais e garantir a manutenção da ordem social, essa corrente sociológica propõe-se como um caminho lógico a fim de levar progresso científico para o coletivo. Entretanto, ao analisar o positivismo ao longo da história - e seu reflexo na atualidade - nota-se que a ordem assume um caráter "estático", favorecendo posturas conservadoras e, consequentemente, preconceituosas. Assim, faz-se imperiosa uma análise crítica sobre os impactos do pensamento positivista em um cenário de transformações no coletivo.
Auguste Comte – fundador do Positivismo – traz a seguinte frase sobre sua tese: “Progredir é conservar melhorando”. Com base nessa citação, interpreta-se que a manutenção e prevalência de fatores sociais eruditos é imprescindível para atingir-se o “Progresso” científico e moral. Contudo, essa postura conservadora anteriormente citada, nos dias hodiernos, se mantém, sendo propagada contra as camadas vulneráveis da sociedade. Pode-se citar, por exemplo, membros da comunidade LGBTQIA+ que têm enfrentado batalhas diárias ante a postura preconceituosa dos defensores da métrica social.
Com intuito de evidenciar a situação de vulnerabilidade, segundo dados do Observatório Nacional dos Direitos Humanos (ObservaDH), também do MDHC, 11.120 pessoas da comunidade LGBTQIA+ foram vítimas de algum tipo de agressão em função da orientação sexual ou da identidade de gênero em 2022. Nesse sentido, o pensamento positivista leva consigo vestígios da intolerância enraizada no corpo social, pois, segundo padrões sociais erroneamente ditados como corretos, os ideais da comunidade LGBTQIA+ representam uma quebra na concepção de dualidade dos gêneros, gerando casos de agressão física e moral por - segundo a ideologia conservadora - não se encaixarem na sociedade.
Porém, os ideais revolucionários estão à flor da pele na juventude. Na tarde do dia 01/04/2025, a Universidade Estadual de Campinas consagrou-se como a primeira universidade paulista a aprovar cotas para pessoas trans, travestis ou não binárias. Esse marco traz uma luz mediante o caráter preconceituoso e segregado do corpo social.
Assim, faz-se necessário adotar mais políticas públicas a fim de garantir, não somente a segurança, bem como a inclusão da população segregada pelo modo Positivista de pensar.
Demetrius Silva Barbosa. Matutino 11/04/2025
Referente ao texto 2: Positivismo.
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