Atualmente, nosso país vive uma explosão de ideais conservadores, levando assim a recorrentes discussões sobre quais costumes e valores devem orientar a sociedade brasileira. Isso nos leva a refletir o porquê dessa súbita expansão dos pensamentos tradicionalistas em nosso território.
Primeiramente precisamos entender que no Brasil ainda se perpetuam estruturas segregacionistas, como o racismo, o machismo e a homofobia. Todavia, nas últimas 2 décadas houve expressivos avanços que vêm rompendo com essas estruturas coloniais, patriarcais e preconceituosas. A exemplo disso, podemos citar o reconhecimento do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2011, da união estável entre pessoas do mesmo sexo, equiparando-as à união estável entre homens e mulheres. Esse entendimento representa uma grande conquista para comunidade LGBTQIA+ e quebra com esse padrão heteronormativo que regia no país.
Por conseguinte, os avanços dessas minorias acabaram rompendo com uma bolha tradicional e indo além de uma opção sexual individual, tomando como exemplo as causas LGBTQIA+, e se transformando em uma comunidade com um sentimento mútuo de luta por uma igualdade perante a constituição brasileira. Em decorrência disso, esse grupo conservador, que teve seus costumes e valores ameaçados, organizou-se com um movimento reacionário a essas inovações nos campos sociais e políticos.
Portanto, essa ascensão do
conservadorismo no nosso país vem como resposta a movimentos inovadores, que dispõem
de uma outra perspectiva a respeito de temas que antes eram tidos como
consolidados em nossa sociedade. Devido a isso, esses conservadores se sentiram
ameaçados, uma vez que, em seus ambientes particulares, confundiam essas
questões sociais com questões psicológicas individuais, promovendo por exemplo uma
ideia de cura gay, e se assustando ao perceber a eclosão de uma comunidade
LGBTQIA+.
Paulo Henrique Possobom Carrenho, 1°Ano Direito Noturno,
Unesp Franca.
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