Aumento das disputas comerciais entre China e Estados Unidos após a eleição de Trump; quebra de cessar-fogo de Israel contra Palestina e a expansão de conflitos para outros territórios do Oriente Médio; no Brasil, aprovação de cotas para estudantes trans aprovada pela Universidade Estadual de Campinas; primeira produção audiovisual brasileira a ganhar um Oscar. Oscilando entre avanços e retrocessos, incertezas e esperanças, o questionamento que nos vem é certeiro: Estamos no fim do mundo? A resposta não é concreta, tampouco objetiva, afinal, todos estes dados, refletem os altos e baixos de um cenário geopolítico instável e incerto.
O mundo atual se apresenta como um palco onde a desordem não apenas ocorre, mas é sistematicamente alimentada por estruturas que priorizam o poder e o lucro em detrimento da dignidade humana. Não se trata apenas da ausência de ordem; é uma ordem distorcida, manipulada e fragmentada, expressa nos conflitos geopolíticos, nas crises sociais e nas desigualdades que permeiam nossa realidade.
A perpetuação
dessa desordem é, em grande parte, resultado de um sistema global que se mantém
de desigualdades e divisões. As disputas comerciais entre potências como China
e Estados Unidos não são apenas econômicas, mas também simbólicas,
representando uma luta por hegemonia em um mundo multipolar. Enquanto isso,
conflitos como o de Israel e Palestina transcendem fronteiras, espalhando
instabilidade e sofrimento humano. Esses eventos não são isolados; eles são
interconectados, formando uma teia de interesses que frequentemente coloca a
ordem como um instrumento de controle, e não de justiça.
No entanto, há
sinais de resistência e transformação que desafiam essa lógica de desordem
institucionalizada. A aprovação de cotas para estudantes trans na Unicamp é um
marco que aponta para a possibilidade de uma ordem mais inclusiva e equitativa.
Embora pontuais, esses avanços demonstram que a ordem não precisa ser sinônimo
de opressão, mas pode ser um caminho para a emancipação. Compreender essa
lógica significa transcender o caos imposto diariamente. Ter esperança em um
mundo que parece promover conflitos é, por si só, um ato de resistência. E
mesmo diante da incerteza do amanhã e do (inevitável) fim do mundo, o fato de Ainda
estarmos aqui é motivo para continuar acreditando que, sim, a vida presta.
Pedro Augusto da Costa Leme - 1º ano Direito - Matutino
Texto com base na palestra promovida pelo movimento estudantil Afronte! a qual foi designada: Estamos no fim do mundo? Trump, Palestina, Ecossocialismo e Cotas trans
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