O segundo texto de Durkheim trata, essencialmente, da divisão do trabalho em suas diversas acepções, tais como a necessidade de ela existir, os seus benefícios e/ou malefícios, dentre outras.Para o autor essa divisão se faz para o bem comum da sociedade, o qual seria atingido se cada um fizesse sua parte no trabalho social e também se ocorresse a solidariedade e união do todo.Dessa forma a divisão em questão passaria a ser uma fonte inesgotável de interações e relações humanas.
Durkheim entende que apesar da especificidade que o trabalho atinge cada vez mais, o importante para o indivíduo é se sentir parte de um todo, ver sua ação no produto final.É imperioso notar que a divisão do trabalho estava se expandindo a tal ponto que, décadas depois, ela já estava presente nas mais diversas áreas do conhecimento, como na ciência, na política, nas artes, na economia, dentre outras.Hoje o termo ''funcionalismo'' está visivelmente presente na nossa sociedade, na maioria das áreas anteriormente citadas, causando várias repercussões.
É comum nos depararmos com pessoas conformadas com sua realidade econômica-social, por mais ruim que ela seja; além disso o pensamento tão em voga atualmente ''se tenho tudo o que preciso, ainda que minimamente, para que me esforçar, gastar meu tempo e ir atrás de mudanças?'' é um claro reflexo funcionalista da socidade globalizada e cristalizada.Portanto Émile está presente nos dias de hoje, seja no funcionalismo, seja na questão coletiva das vontades sociais.
Essa última nos remete à morte de Osama Bin Laden que acarretou dois tipos de reações mundo afora: alegria e alívio para uns; inconformismo e tristeza para outros.Contudo é importante perceber que as duas reções citadas são geradas coletivamente, dependendo dos costumes, valores e moral das diversas sociedades hoje existentes.
Enfim, Durkheim ao propor a divisão do trabalho atingiu esferas inimagináveis, desde a solidariedade como base para o bem comum, até uma moral coletiva.Assim fica impossível não fazer uma breve comparação entre o autor e Marx (na negação do individualismo) e entre aquele e Comte (na crença de um bem coletivo e não pessoal).Dessa maneira percebemos que passados vários anos, muitos nomes ainda permanecem atuais e enraizados na nossa sociedade, com diversas propostas e teorias ainda em funcionamento, como Marx, Comte e Émile Durkheim.
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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