Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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segunda-feira, 9 de abril de 2018
Cainan Fessel Zanardo - Direito Noturno
Anomia e Punitivismo
Émile Durkheim, ao elaborar o conceito de "fato social", afirmou que fatos sociais são valores, normas culturais e as estruturas sociais que transcendem o indivíduo e podem exercer controle social. Ou seja, os fatos sociais auxiliam a sociedade a manter sua coesão, seu equilíbrio, e podem assumir um papel coercitivo na vida dos indivíduos, a medida em que esses são influenciados e moldados de acordo com os fatos sociais do contexto em que vivem. No entanto, algumas vezes, acontecimentos e pessoas podem negar esse equilíbrio. É o que Durkheim vai nomear "anomia".
A medida em que acontecimentos anomicos surgem em um contexto social, a própria sociedade tende a tentar estancá-los de maneira mais rápida possível, na tentativa de manter a harmonia daquele ambiente. Assim, até a chegada da Era Moderna, o Direito das civilizações era punitivista, portanto, assumia o papel de julgar os indivíduos de forma a tentar coagir os demais a não repetir tal comportamento anomico. A norma penal tinha o papel de reprimir os atos nocivos à sociedade, desta forma, a pena muitas vezes era desproporcional ao ato praticado.
Com o desenvolvimento da ciência e do grau de complexidade das civilizações, o direito obtém um caráter mais restitutivo, ou seja, pretende regular de forma harmônica as funções sociais. Ele tenta não expressar um caráter emocional. Porém, ainda está muito presente na sociedade contemporânea o ideal punitivista. A sociedade reclama que as penas são brandas demais e que a impunidade é uma mazela social, mesmo com as penitenciárias lotadas. Para muitos, a lógica de que uma pena rígida serviria de exemplo pra que determinados atos nocivos deixassem de acontecer ainda é válida.
Um exemplo desse resquício do punitivismo é o recente caso da prisão do ex-presidente Lula. A imagem do ex-presidente foi figurada, nos últimos tempos, como a própria personificação da anomia. Para muitos, os problemas sociais que o Brasil enfrenta, os casos de corrupção, a crise econômica e política são todos culpa de Lula, sendo assim, defendem que ele seja condenado severamente, para que esses problemas não sejam "causados" por mais ninguém (utilizado como exemplo aos demais).
Obviamente, o caso do Lula tomou enorme complexidade e sabe-se que a mídia teve um papel importantíssimo na construção dessa visão tão extrema do político, mas esse é um exemplo bem claro quanto à questão da anomia, já que o desequilíbrio social, o qual estamos vivendo, faz com que as pessoas adquiram essa necessidade de punir alguém, que tentem de alguma forma reestabelecer esse equilíbrio, mesmo que de forma emocionada.
Ainda assim, uma análise mais profunda dos resultados de medidas punitivistas mostra o contrário do restabelecimento do equilíbrio. Ele próprio acaba se tornando um mecanismo de anomia, já que gera um ciclo de injustiças, por tomar medidas exageradas e desproporcionais aos atos dos indivíduos. Além disso, ao agir de forma tão direta no problema, as medidas punitivistas não se preocupam em identificar a raíz da anomia e resoluções que reestruturem o equilíbrio social.
Yasmin de Oliveira Silva
RA:181224909
Turma XXXV-noturno
O Fato da Violência Social
REFERENCIAS:
A Violência no Brasil explicada por Sergio Adoro. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Gj2odAHhPA4
Anomia... Transformação
Isso se deve pela coerção que esses fatos exercem. O pensador afirmava ser ato da coerção social, a aceitação da realidade devido à força coercitiva que a sociedade tem sobre os indivíduos, é a forma de pensar ou agir conforme o "padrão" de tal sociedade, sem espaços para individualidade ou independência devido ao poder coercitivo que o coletivo exerce.
O ato de coerção fica claro, principalmente em nossa sociedade, nas relações homoafetivas e na grande dificuldade de aceitação das mesmas por grande parte da população. Mas tal dificuldade não se deve totalmente por existirem muitos indivíduos com a "mente fechada" ou algo do tipo, mas sim pelo motivo deles existirem, que é a homofobia enraizada em nossa cultura social.
Desde de a infância, em casa ou na escola, nossos pais e educadores nos falam o que devemos fazer, como devemos pensar, o que é certo ou errado, e tudo isso baseado nos costumes. "Você tem que estudar, arrumar um bom emprego, casar-se (com uma mulher) construir sua família"; é isso que aprendemos durante toda nossa infância e adolescência e, na maior parte dos casos, é o que buscamos, mas não por ser o que queremos e sim por ser o que nos é imposto durante toda a vida.
Vivemos em uma época que, querendo ou não, as sociedades evoluíram muito em relação a homossexualidade, principalmente com as permissões, por lei, do casamento e da adoção (no Brasil, em 2013 e 2015, respectivamente), mas pela forte cultura popular que pesa contra isso, há muito o que evoluir.
A evolução necessária nesse caso, seja de pensamentos ou atitudes, só será concretizada através das novas gerações, quando os pais, os educadores e, acima de tudo, a mídia, acabarem com o conservadorismo de "família tradicional brasileira".
Lucas Branquinho - Direito (Noturno)
O fato social e as mulheres na sociedade
É notório que, assim como proposto por Durkheim, o fato social é mais forte à medida em que é mais resistente a oposições que surgem contra ele. Dessa forma, vê-se o quão a cultura do machismo e do patriarcalismo constituem um fato social intenso nas sociedades, já que, impedem ou atrasam a equiparação igualitária das mulheres em relação aos homens. Isso pode ser observado, tendo como exemplo o Brasil, na inserção feminina tardia no mercado de trabalho e que, até hoje, é pautada por desigualdade salarial e desrespeito à figura da mulher, que se dá em forma de menosprezo, humilhação e até mesmo assédio moral e sexual.
Além disso, pode-se notar o quão demorado foi para que mulheres conquistassem seus direitos políticos que, devido ao fato social, houve enorme resistência contra isso. Assim, a conquista se deu praticamente "ontem" no contexto da história brasileira: em 1932, pelo governo de Getúlio Vargas. Também pode-se mencionar a luta pelos demais direitos que são infringidos, sendo o principal o das liberdades, garantido pela Constituição Federal de 1988 e pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. Em relação a isso, é visível que as mulheres não têm plena liberdade de ir e vir, devido aos assustadores casos de estupro e assédio sexual, nas ruas ou até mesmo dentro de casa, e também não possuem a pura liberdade de falarem, opinarem ou se vestirem como querem sem estarem longe de críticas e humilhações.
Nesse contexto, é fácil enxergar como o fato social, devido às suas características, na maioria das vezes, impede e dificulta a emancipação feminina na sociedade. Entretanto, como diz a cantora Pitty em sua canção "Desconstruindo a Amélia": "nem serva, nem objeto. Já não quer ser o outro, hoje ela é o também", é esse o desejo das mulheres e, certamente, elas continuarão se opondo a esse fato social machista e patriarcalista, por mais doído e sofrido que seja enfrentar sua resistência, até que a igualdade seja alcançada.
Alice Oliveira Silva
Turma XXXV- Direito (noturo)
A mulher e a Ordem
A luta popular feminina ainda sim não recua buscando, com toda sua força dentro de sua possibilidade,entrelaçar liberdade e segurança da mulher, apesar da ordem.
Amanda Ricardo- Direito Noturno
Wilian bonner anuncia: lula preso. Se entregou. Do outro lado da telinha milhares comemorando. Rojões pelo país. A festa. Finalmente viva a justiça! O Brasil agora poderia começar a sua busca contra a corrupção quase patológica que temos aqui.
Existe um sentimento quase doentio que se expressa na vontade de justiça, o crime de corrupção regulando a vida em sociedade era inaceitável, e de fato o é.
Mas aqui coloquemos essa questão: por que a indignação é seletiva? Por que enquanto o arquivamento do processo do também ex presidente Fernando henrique Cardoso por prescrição, os áudios do presidente michel temer, a mala de dinheiro encontrada no apartamento de Gedel viera lima, o arquivamento do processo de Romero Juca, o arquivamento do processo de Aécio Neves, por que nada disso também não gera um pressão popular já que o ideal seria, supostamente, o mesmo: acabar com a corrupção?
Dessa indagação, podemos a começar a concluir que essa pressão popular e toda essa coerção social da maneira que se faz dizem muito sobre a nossa sociedade ou sobre os agentes que nela atuam.
Com uma análise mais profunda percebemos que esse anti-lulismo venha de uma forte pressão midiática, e nos atemos a entender que isso diz muito sobre uma sociedade em que a grande mídia é controlada por apenas 5 famílias.
Outro ponto, mais defendido pelos apoiadores de lula, é o de que, todos os avanços que seus governos trouxeram grades mudanças à sociedade, e que elas vistas sob a ótica dos detentores do capital e do poder causaram uma desordem social, já que agora o pobre tinha perspectivas e a sociedade estaria mudando.
Em todos os casos, e análises, o que se vê é a expressão de uma sociedade que padece de uma boa educação para que se torne agente histórico e não mais apenas um produto da sociedade ou de discursos. Para que se faça uma análise crítica, ela vinda de ambos os lados.
Essa educação, para essa autora, deve ser diferente daquela proposta por Emile Durkeim, no qual a educação vem como aquela que molda o indivíduo para a sociedade. Aqui propomos uma educação libertadora, aquela de Paulo Freire, onde o individuo pode se tornar agente histórico e tem noção de suas capacidades, talentos e do seu poder de mudança. Uma educação em que o indivíduo não nasce para ser mais um na sociedade, mas que nasce para transformá-la. Precisamos de pessoas que transformem a nossa sociedade, que pensem além de dicotomismos, e que sobretudo, sejam críticas à história que estão ajudando a construir.
Mariana rigacci- noturno
Estrutura funcional da sociedade
Apesar de possuir maior consciência individual, a sociedade orgânica conserva valores e ideais, mantendo um bom funcionamento dinâmico. Isso ocorre pois a coesão social não está mais nas regras primitivas, mas sim nos códigos que formam os direitos e deveres, expressando-se em normas jurídicas: no Direito em si.
A sociedade orgânica através da sociedade mecânica
Uma crítica a Durkheim
É também ao compreender o indivíduo apenas por este aspecto celular que Durkheim comete seu grande erro: interpreta analogamente a sociedade enquanto um órgão, ou mais simplificadamente, um ser vivente; porém, quanto aos homens, a análise desconsidera os valores e as influências psicológicas e biológicas. Émile Durkheim metodologicamente emprega o termo social como gregário e não compreende as implicações biopsicológicas implícitas ao indivíduo e importantes à análise do complexo societário, ou “pessoal”. Entender o homem como social é, antes de uma leitura formal e analítica, uma percepção da dialética existente em sua integralidade biopsicossocial; logo, desintegra-lo deste modo representa um corte ontológico que incapacita uma real averiguação sociológica, visto que as outras “partes” são descartadas por Durkheim: o indivíduo é em sua síntese e deixa de ser quando repartido. Durkheim analisa não o indivíduo, mas o particular frente ao coletivo.
Outro deslize pode ser percebido ao priorizar, à sociologia, um domínio diferente do orgânico e psíquico – como visto – e posteriormente admitir que determinados atos ou posicionamentos “no espaço de nossa intimidade [...] não são propriamente nossos, mas sociais”; mais ainda, são “hábitos forjados”. Ora, ao transpor ao caráter privado arbitrariedade, soberania e hierarquia social, ou considera-se o indivíduo como nulo, logo, apenas moldável ou é-se obrigado a interpolar as múltiplas feições antes destacadas – e tidas como ignoradas pela sociologia de Durkheim.
Através desta simplificação do humano que o sociólogo é capaz de organizar os indivíduos satisfatoriamente dentro de um organismo autossuficiente. Com isto, entende-se, retomando certos elementos, que por autossuficiente – sustentável – diz-se que a sociedade possui dentro de si uma malha complexa e altamente diversificada, porém todas estas relações são hermeticamente “fechadas”, condensadas, em um conjunto exterior e interiormente imutável e que quaisquer sintomas ou possibilidades que ameaçam tal ordem resultariam no colapso, na ruptura deste tecido sinalagmático – produzindo a anomia.
Dentro desta concepção, é questionável a percepção dos efeitos da modernidade sobre a divisão do trabalho: por um lado, Durkheim encontra, positivamente, os danos causados pela intensa diferenciação – resultando na redução da consciência do trabalhador; por outro, apesar da consideração de certas esferas específicas dentro do organismo – e reconhecendo a interdependência diretamente proporcional ao fenômeno da pulverização do trabalho –, a visão de Durkheim interrompe o processamento e o alcance de uma análise que nos permite observar as incongruências e contradições inatas ao sistema laborial que se estuda, ou de modo geral o próprio capitalismo. Este “salto” epistemológico é restringido ao se ter em Durkheim o embate indivíduo x sociedade imanente quando se ocorre, ou se prenuncia, uma anomia e deixa-se de compreender a desigualdade existente, necessária e inata do sistema econômico vigente, que incorre na relação opressor x oprimido; esta sim, metodologicamente propícia a fornecer uma conjectura do movimento social e do indivíduo, tido como, em crítica à visão do francês, ser social.
Beatriz Yumi Picone Takahashi - Turma XXV, Direito noturno
Orwell e o Fato Social
Carlos Alberto Lopes Lima - Turma XXXV - Noturno
A importância de Durkheim
Gabriel Reis e Silva, 1º Ano Direito Noturno
Desmantelamento de perspectivas sobre a tripartição do poder
Durkheim e a Justiça no Brasil
Gabrielle Stephanie Reis dos Santos - Direito Noturno - Turma XXXV
Bicho ou homem?
Política, anomia e costumes
Caio Alves da Cruz Gomes - 1º Ano Direito Noturno
Durkheim e a violência
Vinícius de Oliveira Zawitoski - Turma XXXV (Noturno)
Respeitar as Leis
Em todas as sociedades conhecidas existem um conjunto de leis para manter a ordem, na maioria deles, uma constituição, assim como no Brasil. Constituição essa que seria o conjunto de regras com maior peso e assim tendo de ser a que é mais respeitada por todos os membros da nação, independentemente do seu cargo ou "nível social" (uma vez que em uma sociedade onde todos deveriam ser iguais, não deveria existir "níveis"). Mas a que ponto essa constituição e essa igualidade são respeitadas ou tentam manter o pensamento de restituição seguindo a lógica positivista ?
A ciência jurídica se vale por interpretações, portanto não há um julgamento certo ou errado, entretanto, o comprimento das leis e a sua interpretação depende dos seus agentes, que infelizmente nem sempre são bem intencionados. Fato que pode faze-los colocassem acima até mesmo das leis que deveriam ser respeitadas por eles, colocando suas vontades pessoais sobre estas. Como por exemplo, passar por cima da Constituição de um país e prender um homem com transito injulgado, fato que segundo muitos juristas de renome é completamente abominável, uma vez a lei não permite a prisão sem que todo o tramite jurídico seja julgado e condenado, como consta no artigo 5º § 57. Usando ainda do suposto clamor popular para que se cumpra a lei, baseada em uma interpretação influenciada, talvez por esse sentimento de grandeza de atropelar a lei. O nível de manipulação das leis, regras e da população a qual se submete a essa posição é algo que quem sabe um dia possa ser entendida por algum estudioso, mas por hora é difícil até de explicar como fatos tão desrespeitosos as regras criadas por nós mesmos estão acontecendo com a desculpa de evitar a anomia.
Nada é orgânico
Thiago C Checheto - Direito Noturno
A diversidade interpretativa do fato social
A teoria de Durkheim se distancia do Positivismo de Comte, pois diferente desta, estuda a sociedade como um todo, ou seja, as relações sociais são analisadas macroscopicamente, enquanto Comte realizava recortes e observava a sociedade em diferentes partes (microscopicamente).
Por essa razão, a abordagem feita por Durkheim é capaz de entender e explicar os diferentes tipos de interações humanas dentro da sociedade e a influência dela sobre os indivíduos. Através das características que compõem o chamado fato social (coercitividade, exterioridade e generalidade), o sociólogo conclui que os indivíduos inseridos na coletividade adotam comportamentos semelhantes e, portanto, tornam-se seguidores de um padrão.
Nesse contexto, é possível e importante constatar que o sujeito, apesar de sua consciência individual, age, pensa e sente de acordo com o corpo social ao qual pertence. Por isso, suas atitudes são sempre pautadas em um consenso geral, ou seja, implicitamente, a sociedade impõe determinadas regras que regem o comportamento humano e as relações interpessoais. Tais regras podem ficar tão arraigadas no consciente coletivo que passam a ser tratadas como condutas naturais.
Desse modo, os vínculos entre os seres são regulados por uma consciência coletiva, formadora do fato social e, por isso, independentemente das ações individuais.
Bruna Dantas - Direito (noturno)
Cada um de nós é formado por todos
Penso, logo existo?
ou pensamos, logo existimos?
tudo que fazemos parece ser um imprevisto
mas com certeza não é algo que construimos
Tudo já vem pronto, desde que nascemos
é tudo igual, camisa, postura, comportamento
Até as opiniões!
(algo tão subjetivo
e tão mal desenvolvido)
a coerção acontece com você bem despercebido
mas nunca parece ser abusivo
Que coerção é essa que nunca imaginei sofrer?
É aquilo que te faz fazer
tudo o que faz
e tudo o que deixa de fazer
Se o mecanismo der errado?
o que vamos fazer?
Esconder, prender!!
até que à consciência coletiva esteja adequado
Afinal, é preciso conservar
a sociedade como está
vivendo uma "solidariedade"orgânica
e ainda assim, se sentindo anômica
A vida é feita de fatos
sociais
grupais
iguais
mas nunca
individuais
Júlia Kleine Mollica - Direito Noturno
O fato social e sua relação com a educação
.
Em se tratando do fato social,esse é caracterizado por três princípios:generalidade,exterioridade e coercitividade.Tais princípios o definem,portanto, como a maneira de agir, pensar e sentir que são exteriores aos indivíduos e exercem ,sobre os mesmos, um poder de coerção.Posta essa definição,simplista,é possível agora expandir o conceito de fato social para os mais diversos âmbitos da esfera social,dentre eles a educação.Essa ocorre por meio da imposição de pais e mestres, às crianças ,as regras e comportamentos que regem a sociedade.De maneira análoga dissertava o filósofo ,empirista britânico, John Locke em sua concepção de que somos como uma folha em branco-tábula rasa-que é escrita à medida que vivemos e experimentamos o mundo(representação da influência do fato social).
Em uma análise crítica, é possível destacar os efeitos desse sistema educacional para a sociedade.Os valores e comportamentos vigentes podem estar contaminados com preconceitos –machismo e intolerância.Como consequência isso dificulta a formação de novas mentes desvinculadas desses preconceitos que são extremamente nocivos ao desenvolvimento de uma sociedade justa.Ainda mais,é possível destacar,também,a volatilidade que a sociedade moderna tem mostrado a sua evolução.Dessa maneira,a educação, como forma de imposição de valores e normas de pais e professores-os quais vivenciaram outros tempos-torna-se retrograda e não acompanha os novos anseios sociais.
Por fim,cabe concluir que a influência do fato social se da em todos os meios sociais,sendo um deles a educação e que nela pode exercem um papel negativo para a caminhada rumo ao desenvolvimento harmonioso de uma sociedade.
Alexandre Bolzani Morello-Direito noturno primeiro ano
Durkheim na favela
Durkheim estabelece fundamentos de princípios sociológicos, em que o que não advém do social, não tem valoração na sociologia. Ele estuda isso através do fato social, que são relações externas a individualidade. Tais fatos se encontram prontos desde o momento de nosso nascimento, sendo assim, somos alienados a uma vida determinista e coercitiva.
Depois do fato social, Durkheim estabelece o conceito de solidariedade, que nada mais é que o compartir de um mesmo conjunto de regras. A evolução de uma sociedade faz ela passar de um modelo de solidariedade mecânica, com o partilhar das regras de maneira coerciva, para a solidariedade orgânica, onde este partilhar é feito pela divisão dos trabalhos.
O filósofo também estuda as patologias que afetam a coletividade, e para explicar as derivações de seu pensamento, pode-se fazer o uso de um modelo brasileiro atual: a intervenção militar no Rio de Janeiro.
Na cidade maravilhosa, o crime nas favelas nasceu como uma patologia, algo que ofende a consciência coletiva, mas a partir do momento que foi se expandindo, tornou-se uma anomia, onde encontra-se presente uma desordem social e uma superposição de legalidades, por causa do monopólio da força.
As forças armadas ali presente travam um conflito inútil, visto que a problemática só será solucionada quando agirmos em sua raiz, na origem do tráfico, que muitas vezes é: a falha na educação, a falta de oportunidade no mercado de trabalho ou até a decadência nas políticas públicas de conscientização.
Neste momento percebe-se a grande influência de Durkheim nos dias atuais, pois foi quem conceituou a transformação dentro do funcionalismo. Com esta abstração poderíamos buscar uma adequação social em harmonia coletiva. Um sonho que fica cada vez mais distante a medida em que o governo investe em armas ao invés de escolas.
Vinícius Moreno Gonzales
Turma XXXV - noturno
Durkheim
Consciência coletiva constitui a cultura e o senso comum, e foi desenvolvida com o intuito de refletir sobre punição (sistema de justiça),fortemente relacionado ao conceito de anomia que quer dizer fragmentação ou falta de normas socias.
Outro argumento usado pelo autor é a definição dos fatos sociais, que são formas de agir, de pensar e de sentir que se repetem entre os individuos de uma sociedade específica,e sua essência se define em duas características, sua manifestação e capacidade de repressão em relação ao individuo.
Do ponto de vista de Durkheim fatos sociais são normas e regras coletivas que norteiam a vida em sociedade e perseveram gerações, um exemplo disso é o preconceito que perdura descendências, fortalece o individualismo e estimula as diferenças sociais.
A inerência do ser humano com a coerção
Bárbara Tolini,
Direito Noturno.
Indivíduo como ser assimilador de valores
Bruno A. Curti - Direito noturno