Eu entendo Descartes
Numa época de ciência tão regrada
e pouco explorada
Seria claro a criação de novas variáveis
Pode-se dizer que,
se desvencilhar do comum e propor a transformação
Tem em suas vertentes
uma verdadeira busca da razão
Assim como Descartes,
entendo Bacon
Ainda que diferentes,
ambos apenas queriam consolidar algo humano
De um lado por método universal
e do outro pela experimentação,
porém, de qualquer modo
voltamos a razão
Logo, a crítica aos pensadores gregos, se fundamenta
Épocas novas precisam de conceitos novos
E é então que, ainda que entenda os dois
ouso-me a fazer observações
Uma vez que entendemos que na realidade atual
analisar um mundo dividido e,
reconhecê-lo de forma mecanizada
torna-se banal
Compreende-se que ao decompor para entender,
apenas pequenas chamas são apagadas
e não o grande incêndio social
Dessa forma, do que valeria o esforço?
Portanto, com todo respeito
digo novamente, Descartes, Bacon,
eu os entendo, mas minha sociedade
precisa de conceitos diferentes
Conceitos que valorizam a necessidade de
às vezes dizer adeus ao mais fácil
e aprender a viver com o mais sustentável,
ainda que seja um processo duro e demorado
Conceitos que entendam que,
num planeta finito e doente
deve-se voltar o olhar ao meio ambiente
Compreender que, uma sociedade evoluída em um mundo desgastado
não se mantém, e apenas espera a notícia do fim
em um de seus aparelhos mecanizados
Vitória Santos da Silva - 1º ano de Direito