- Max Weber, em sua obra "A objetividade do conhecimento na ciência política e na ciência social", critica a sociologia que pretende desvendar o correto dever-ser do mundo e oferecer métodos para atingí-lo, não cabe à ciência filosofar, mas compreender o real, o empírico. Ciência e política são vocações distintas e devem estar desvinculadas; a ciência não deve oferecer ideais e normas, mas compreender a ação humana, por isso a sociologia de Weber é dita compreensivista.
- A ação individual não é menos importante que a ação coletiva, a compreensão da individualidade de cada ser é chamada de individualismo metodológico. A ação individual parte de uma escolha de valores, ela pode ser movida pela razão, pela emoção, pela tradição ou por um valor interiorizado pelo indivíduo. Assim, para compreender uma ação individual é preciso interpretá-la pela óptica do agente, analisando seus valores.
- Weber critica também o dogmatismo do materialismo histórico enquanto denominador comum das análises sociais, para ele não é possível explicar fenômenos de qualquer natureza pelas forças econômicas. Leis são meios, não fins na análise sociológica; quanto mais gerais, abstratas, menos contribuem. O tipo ideal é também uma ferramenta metodológica, não corresponde a algo que deve ser, mas a uma utopia cuja utilidade reside na comparação com o empírico, atua como forma de organizar o caos e a complexidade do real, dessa comparação advém a verdade científica.
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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terça-feira, 21 de junho de 2011
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