Na modernidade, o direito tenderia a ser universal. Cada indivíduo tem seus conceitos e opiniões, dessa forma considerar cada caso de maneira diferente não seria justo. Porém o contexto atual é o oposto, o direito tem se ramificado em setores cada vez mais específicos, como direito homoafetivo e direito dos animais.
Evitar que o sentimento de justiça popular prevaleça interferindo na análise e decisão de um caso também é de suma importância para a manutenção do direito de forma racional. Nas sociedades modernas, segundo Weber, o direito deve ser analisado sobre a perspectiva da racionalidade, portanto ele é científico, pois faz uso de provas e indícios para dar validade aos fatos e submete até mesmo os governos à suas regras.
Contudo, não nem sempre ocorre desta maneira. A tradição cultural e a religiosidade ainda estão impregnadas na consciência popular, sendo assim tais traços de irracionalidade se fazem fortemente presentes nos interesses e valores sociais. Temas como a pesquisa com células tronco e a legalização do aborto se tornam polêmicos justamente pelo confronto que geram com a religião e devido a isso são de lenta e difícil aceitação.
Apesar de ser pautado na racionalidade, não é possível retirar o conteúdo religioso que se expressa no direito, pois aquele é fruto da própria sociedade, a qual realiza o direito.
Tema:O espaço do sagrado no direito atual.
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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