Não resta dúvidas de que as relações sociais encontram-se constantemente em processo evolutivo e que, mesmo em nossa contemporaneidade, não podemos estabelecer um padrão para tudo o que diz respeito ao âmbito social.Dessa forma, parece-me imprudente discordar da crítica weberiana ao dogmatismo do materialismo histórico. É impossível considerar a universalidade dos núcleos sociais como homogênea e estabelecer dogmas que efetiva e corretamente atendam à necessidade de explicação e análise dos fenômenos sociais.
Assim sendo, estabelecer uma única regra, geral e absoluta, para expor a razão por trás das ações individuais é inviável. O determinismo, por exemplo, seria insuficiente para uma análise ampla e acurada da realidade social. Por mais que aparente haver uma relação causal entre meio e ação humana - aquele sendo o principal responsável por esta -, considerá-la como fator exclusivo deixaria brechas para a compreensão total do objeto social a ser estudado.
Com isso, a classificação em quatro tipos de ação social realizada por Weber constitui um bom exemplo para explanar as exceções em relação à maioria, a fuga ao que poderia ser tido como padrão - embora já tenhamos refutado a possibilidade de sua plenitude.Para ele, é necessário que compreendamos o interior individual e as suscetibilidades emocionais e culturais vividas por nossa espécie.O discernimento e a interpretação da experiência cotidiana de cada indivíduo, portanto,é que refletirão em seu modo de agir e não apenas as condições sociais a que foram expostas.
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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