O positivismo Comteano abriu caminho no mundo acadêmico para a Sociologia, que passou a ser trabalhada como ciência. Apesar de todos os ganhos que sua teoria trouxe, duras críticas podem ser ponderadas, inclusive pelas consequências no Brasil.
Historicamente, é a elite letrada quem no nosso país tem o poder de mudar o status quo. Isso se torna um problema quando a filosofia predominante por essa elite é homogênea e manipulada para se tornar benéfica a pequenos setores; tal como aconteceu no século XX com o Positivismo.
Primeiramente vale ressaltar que o Positivismo estabelece a noção de "lugar social", que os indivíduos ocupam em uma forma de hierarquia, limitando suas funções e importância política, dando legitimidade para a marginalização.
Além disso, a maneira pragmática como a teoria positivista abrange as discussões, evitando a análise das causas, engessou a produção acadêmica nesse período e, somada a sua natureza imediatista, assegurou a manutenção de preconceitos que só estão em vias de superação nos dias de hoje.
Assim, apesar de sua importância para o avanço da ciência, principalmente no Brasil, a absorção do Positivismo pelas mentes pensantes no Brasil teve o ônus de consolidar o caráter conservador nos grupos ligados ao Estado e a insensibilidade nas discussões sobre as questões sociais.
Gabriel Nagy Nascimento - 2° Direito - turma XXIV
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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