O pensamento baconiano consiste em essência na realização da pesquisa empírica. A experiência é o núcleo de sua tese metodológica. Bacon era um crítico da filosófia infértil dos filósofos classicos, notadamente Aristóteles. Para ele, a aquisição do pensanento deveria ter proposito de utilidade prática para a dominação do homem sobre a natureza e não somente servir de instrumento para a ruminação intelectual.
A falta da experiência culmina na proliferação do senso comum, este resultante da precipitação das ideias em relação à prática. O próprio Francis Bacon pede para que se conheça a fundo sua obra antes de julgá-la. Isso ocorre pois, segundo o autor, a confiança isolada na mente humana induz ao erro, logo a validade das concepções depende não da sua lógica, mas da sua capacidade de sobrevivência aos testes.
As observações de Bacon ainda podem ser muito bem aplicadas no âmbito acadêmico, onde a produção teórica é antes usada para compôr e expandir bibliotecas do que para criar instrumentos de transformação social efetiva. Enquanto ambos os aspectos deveriam permanecer unidos, um deles ê usado como subsídio de inflação de egos no meio acadêmico e o outro é negligenciado.
Mauricio Vidal Gonzalez Polino - 1º ano - direito/noturno
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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