A história brasileira é, sem dúvidas, permeada por profundas desigualdades sociais que até hoje nos parecem irreversíveis. Não diferente é tratado o âmbito da educação no país que vergonhosamente conta com disparidades entre as diferentes classes econômicas e suas possibilidades de ingresso em uma universidade de qualidade. Assim, o Direito deve aparecer no sentido de atenuar tais discrepâncias visando uma maior universalização das possibilidades.
Nesse sentido, há quem veja as cotas estudantis como a grande possibilidade pra sanar uma questão tão emergencial como essa, que, embora sozinha não detém o poder de resolução completa da questão, mas que surge como reivindicação de um dos legados vergonhosos deixados para nossaa gerações devido à escravidão, por exemplo.
Há de se pensar, no entanto, até que ponto as cotas conseguem livrar toda uma sociedade de um preconceito intrínseco a ela. São inúmeros os estudantes que ao se depararem com a possibilidade de ingresso como cotista desistem por terem que concorrer com estudantes que gozaram de um Ensino Médio de qualidade e com alta capacidade de competitividade devido a tantas oportunidades. Assim, muitos daqulea desistem e acabam por optar pelo cahamdo finaciamentos estudantil, que permite ao aluno pagar seus estudos após formado na universidade particular.
O que se nota é uma indiscutível necessidade de se investir na base da educação para que o benefício das cotas não seja apenas uma salvação paliativa do déficit educacional sustentado por anos, mas sim, com o passar do tempo, se mostre completamente desnecessário.
Danielle Juvela - primeiro ano noturno
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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