O pensamento marxismo afirma que todo processo histórico deve, necessariamente, ser compreendido através de um profundo estudo sobre a economia. Portanto, somente pode-se entender a Revolução Industrial ao se estudar causas como a acumulação de capitais advindos das colonias e posteriormente repassadas a Inglaterra, por exemplo.
Max Weber vem de encontro com esse posicionamento determinista ao afirma que há outros fatores que justificam, no caso, a Revolução Industrial. Esse autor inova ao afirma que a religião foi um fator determinante nesse processo de extrema importância na historia humana, de forma positiva. Segundo ele, a religião protestante calvinista, em sua filosofia, incentiva atos que contribuíram para o surgimento e fortalecimento de um capitalismo efetivo, alterando drasticamente a mentalidade dos indivíduos. O calvinismo combate, por exemplo, alguns dogmas da Igreja Católica, como a proibição de juros e altos lucros, entraves para o pleno desenvolvimento capitalista.
Weber não pretende afirmar que somente a ética protestante foi o motivo causador do capitalismo, mas tem a finalidade de adicionar como um outro fator, também relevante. Portanto Weber contrapõe Marx ao afirmar que não foram somente fatores econômicos que geraram toda essa mudança, mas também fatores religiosos.
Bruno Tonholi Leme - 1º ano Direito Diurno
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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