Apesar de já terem sido apresentadas ao mundo 164 anos atrás, as ideias que Karl Marx e Friedrich Engels expuseram no "Manifesto do Partido Comunista" nunca deixaram de ser discutidas, realidade esta que lhes confere um caráter extremamente atual.
De fato, como já apresentado pelos pensadores, a expansão do capitalismo ocasionou a globalização, que é utilizada para aumentar o lucro da classe detentora dos meios de produção. Assim, mesmo que aparentemente positiva, a globalização beneficia apenas um segmento da sociedade.
Um agravante dessa injustiça social é o fato de o arcabouço jurídico defender os donos dos meios de produção e o direito à propriedade, apoiando a exploração das classes menos favorecidas.
Contrastando com o capitalismo há o comunismo. Este muitas vezes é compreendido erroneamente e acusado de pregar o retrocesso, enquanto, na verdade, tem como meta levar a modernidade a todos. Marx e Engels eram a favor da globalização, mas não da globalização burguesa.
Portanto, a cessação das injustiças de natureza econômica, segundo os autores, depende de uma luta de classes. Com o capitalismo superado, poder-se-ia enfim obter a tão esperada modernidade para todos. Mas é a partir deste ponto que as ideias de Marx e Engels começam a perder seu brilho, pois, apesar da discussão permanecer atual, a prática ainda está longe de ser realizada. Ao que parece, 164 anos de consciência da exploração ainda não foram suficientes para uma mudança significativa.
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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