sábado, 12 de março de 2016

O princípio da dúvida cartesiana aplicado ao Direito

A principal ferramenta do Direito é a evidência. A partir desta é possível alcançar julgamentos mais concretos e coerentes. Entretanto, para serem obtidas evidências se faz necessário um questionamento racional e pleno sobre o assunto em tela. O princípio idealizador da essência deste questionamento são as dúvidas.
De acordo com o disposto n"O Discurso do Método" escrito no ano de 1637; pelo filósofo, físico e matemático francês René Descartes o primeiro dos quatro preceitos fundamentais de seu método trata da necessidade de se duvidar de algo antes de aceitá-lo como verdadeiro. Assim, segundo o autor a regra é “nunca aceitar algo como verdadeiro que eu não conhecesse claramente como tal [...] e de nada fazer constar de meus juízos que não se apresentasse tão clara e distintamente a meu espírito que eu não tivesse motivo algum de duvidar dele”. Neste trecho da obra de Descartes é possível identificar a precisão cujo filósofo julga ter sobre a dúvida para que, a partir desta, seja possível realizar um método autêntico de descoberta da verdade. Este preceito é válido também para o campo do Direito.
A partir do momento que há uma evidência a ser buscada para que possa contestar, provar, julgar, absolver ou condenar, é indispensável que, antes de tudo, seja admitido a vicissitude de nada ser tão claro que não se deva duvidar. Por meio da dúvida metódica e do questionamento, como é proposto por Descartes, torna-se cabível trilhar caminhos a partir de perguntas e chegar às respostas, e assim, verdades. Outrossim, há diante da ciência do Direito o primeiro passo a ser dado antes de um julgamento: a desconfiança. Advogados se utilizam deste mecanismo para provar que seu cliente pode ser inocente. A promotoria, por sua vez, quando duvida da tese da defesa é capaz de fundamentar o seu argumento. Por fim cabe ao juiz, com base no que lhe foi apresentado, decidir pela sentença que lhe parecer mais lógica.
A dúvida, portanto pode ser considerada a ponte que torna possível a deliberação mais justa. É neste alicerce que Descartes procura basear seu método para alcançar a genuinidade, e é também neste alicerce que o Direito se nivela. O princípio de que não há, ou quase não se conhece, certezas é a sustentação para se admitir que tudo deve ser questionada antes de ser aceito.
(Isabela Rafael Soares - 1 º Ano - Direito Noturno)

Descartes e a alienação

René Descartes, conhecido como pai da filosofia moderna, em sua obra Discurso do Método, resolve por em dúvida todo o conhecimento de seus mestres (jesuítas de filosofia escolástica), ao fazer isso Descartes aumenta seu conhecimento para um nível em que não há limites a serem alcançados, pois ele acaba revolucionando a busca pelo conhecimento, criando método novo em que ele faz uso da razão com base de tudo.
Ao duvidar de tudo, Descartes liberta-se da alienação, pois para de acreditar em tudo que lhe dizem, diferentemente do que está acontecendo hoje em dia na sociedade brasileira, pois a população em geral está apenas “engolindo” as informações que recebem da mídia, e ela não as está analisando devidamente, e isso pode tornar-se perigoso, principalmente na atual conjuntura, pois o Brasil passa por uma grave crise política.
Ao não duvidar das informações que a população recebe, ela acaba acreditando em tudo que a mídia quer que ela acredite, isso torna-se perigoso, assim o poder continuará nas mãos de poucos (no caso, da minoria que a mídia quer que fique no poder) e a população não terá seus direitos garantidos.
Além disso, a aplicação da dúvida acabaria com o senso comum, que são apenas opiniões, sem fundamentos, ou seja, sem comprovações que ao serem submetidas à dúvida acaba-se descobrindo que são muitas vezes falsas.
Hélio José dos Santos Júnior - Direito Noturno - 1º Ano
Descartes no Mundo Onírico do Método Cartesiano

Era um daqueles momentos únicos na vida de alguém. Todos olhavam para ele e ele olhava para todos. Parecia que o mundo inteiro parou naqueles segundos, que seriam os finais de sua vida. “Veritas filia temporis”, ele pensou. Um dia tudo isso valeria a pena. Um dia ele seria visto como um visionário, um mártir, um Deus na terra do conhecimento. E isso tudo o confortava.
O inquisidor chegava com sua tocha. Seu destino acabaria ali em meio àquele barulho de pessoas gritando seu nome com tanta voracidade e ódio que chegava a ser ensurdecedor. Sua fogueira estava acesa e a vida ia se esvair aos poucos, de forma lenta e sufocante. Tentava pensar que a dor não era importante, que os outros estavam errados, que conseguiria materializar-se tal qual eram seus pensamentos: tornar-se-ia luz ainda na terra.
Mas o calor ia chegando, cada vez mais forte, cada vez mais cortante, cada vez mais doloroso. Já não podia mais ignorá-lo, tinha vontade de gritar e gritou como nunca antes em sua vida, era seu grito de liberdade. Libertar-se-ia desse mundo em que a paixão vencia a razão. Seria só pensamento, seria a lógica posta. E ainda naquele momento duvidava: o método estava correto, qual variável faltou?
Silêncio, noite escura como ébano. Estava encharcado de suor, sentia-se perdido. Então não era verdade? Não, não era verdade! Havia sonhado e que sonho horrível. Seu maior pesadelo havia se tornado real nessa noite, o pesadelo que não poderia se tornar real em seu destino. Balbuciou a última coisa que havia pensado em seu sonho “o método estava correto, qual variável faltou?”. Isso tinha um significado, era a racionalidade lhe apontando o que faltava para que sua obra estivesse completa. Acharia a solução, o método era infalível. Não seria Galileu afinal de contas, fugiria das acusações, não precisaria negar sua descoberta. E ali, naquele momento, começou a escrever a quarta parte de seu discurso mais famoso.

Larissa Lotufo- 1º ano- Direito Noturno

Desconstruindo verdades.

René Descartes foi um grande filosofo francês do século XVI que nos apresentou uma nova forma de pensar referente à tudo que se diz verdadeiro, autêntico, sua ideologia se utiliza da razão como caminho para chegar até a verdade. Descartes abominava conhecimentos sem fundamentos, embasados no ''achismo'' ou até mesmo na religião, para se chegar a tão intangível razão, René se utilizava de princípios básicos como a dúvida.
Descartes chega até seu método adotando uma postura cética,  porém postula um ceticismo que não duvida para negar e sim para chegar através da dúvida metódica ao verdadeiro conhecimento, Descartes estabelece que tanto os sentidos quanto a percepção não podem ser tidos como um conhecimento seguro, e mostra um caminho para tal segurança baseados em quatro preceitos básicos, sendo eles: Evidência, análise, síntese e intuição geral.
Após a publicação do "Discurso do método"  de Descartes a ciência nunca mais foi a mesma, tendo em pauta que sua teoria desconstruiu toda uma tradição tal ela aristotélica-tomista do empirismo e estabeleceu a razão como base de conhecimento em contrapartida aos sentimentos, a partir disso causando uma extrema mudança tanto na ciência quanto na sociedade, criando um novo pensamento do eu referente a tudo que o cerca, tal pensamento que Descartes almejava causar, pois segundo ele o conhecimento construído individualmente é mais efetivo do que aquele que advém do coletivo, a partir dai se quebrou todo um dogmatismo referente a verdade.
O "Discurso do método" de Descartes não se tornou obsoleto mesmo após 5 séculos de sua publicação, podemos nos utilizar deste método para inúmeros temas da atualidade que até o momento não entraram em um consenso, não obtiveram um senso de razão, como por exemplo a legalização do aborto, se abordarmos tal tema, sem se utilizar de nenhuma opinião que possa afetar no seu julgamento final como a religião, pode ser que cheguemos a um senso comum, a partir do "Discurso do método " podemos abrir um novo caminho, uma nova visão referente ao assunto, assim obtendo uma opinião mais limpa, pura sem influência de fatores externos.

Ari D'antraccoli  Neto - 1º ano Direito matutino.


                       Humildade, alicerce do sábio


  "Só sei que nada sei", uma frase que deveria estar ao menos no consciente de cada ser humano, foi dita por um dos maiores filósofos da humanidade: Sócrates. A humildade diante do conhecimento, na busca incessante pela verdade indubitável, também se faz presente em Descartes, filósofo francês do século XVII, ao admitir a necessidade de reconstruir suas opiniões.

  Na conjuntura atual, em alguns debates politizados ou até mesmo no dia a dia, percebe-se que esses ensinamentos não são utilizados. Os debates, por exemplo, que são propícios momentos para a reconstrução e aperfeiçoamento do saber, acabam se tornando disputa de quem grita a própria opinião por último e vence a batalha. Uma vitória vazia para o indivíduo e para a sociedade a qual ele está inserido, pois o troféu permanece estacionado na estante particular do ego.

  Porém, não se deve confundir humildade com submissão e aceitar tudo o que é dito ou ensinado sem questionamentos. Descartes criticou a própria educação obtida pelos jesuítas e questionou a utilidade dos ensinamentos sem a prática envolvida conjuntamente. Seus professores foram a prática e a experiência de cada indivíduo pelo mundo em determinada área do conhecimento.

  Em contrapartida, o caráter enciclopedístico de ensino brasileiro, na maioria das escolas do ensino médio, demonstra, pelo pensamento de Descartes, o quão retrógrada ela é.O foco no ensinamento passivo de informações que são, muitas vezes, apenas decoradas e não assimiladas acarreta uma consequência. Factualmente observe-se uma grande desistência de estudantes nesse período, principalmente, nas escolas públicas, porque o ensinamento não lhe faz sentido e não contextualiza sua realidade. Como consequência, há novamente uma perda da potencialidade humana e um prejuízo para a evolução da sociedade. 


Lorena Maria de Lima Melo-1º ano direito noturno 
    

Quando os sentimentos vão além dos limites

Descartes, em seu “Discurso do Método” enfatiza o fato de cultivar a razão. Na nossa sociedade, há inúmeros exemplos de como esse cultivo é essencial para uma convivência mais harmoniosa.
Tomemos como exemplo os crimes passionais que ocorrem diariamente. Ora, “passional” deriva de paixão que, segundo o dicionário Aurélio, significa “aquele sentimento ou emoção levados a um alto grau de intensidade”. De fato, os crimes passionais são cometidos quando há um desequilíbrio emocional, quando a emoção se sobrepões à lucidez, ao domínio próprio.
Não somente em crimes passionais os sentimentos se sobrepõem às circunstâncias. Os homicídios dolosos decorrem também do mesmo fato. Mas é nos crimes movidos pela paixão que isso é mostrado em maior intensidade; afinal, a maioria deles é cuidadosamente planejado.
Em sua moral provisória, Descartes prefere seguir a moderação. Isto é, não tomar uma postura extremista perante os fatos, e sim uma postura sensata, levando a razão como árbitro de suas ações.
Desta forma, seu discurso se torna relevante quando analisamos a sociedade no quesito dos relacionamentos pessoais e assim, na melhoria do entendimento da sociedade como um todo.

Anna Beatriz Vasconcellos Scachetti
1º ano- Direito- matutino

A razão como método.


  Descartes filosofo e matemático francês em seu livro Discurso sobre o método afirma a razão como unica forma de conhecimento,e a duvida como instrumento desse novo método científico,outras características marcante dessa ciência é a permanente intervenção da razão no dia-a-dia e a busca pela verdade
  A desvantagem foi a divisão do conhecimento em várias partes isoladas entretanto  sabemos que as ciências(sociais,matemáticas,tecnológicas e filosóficas)se interligam e a na busca pela verdade deve se levar todas essas áreas em conta.
  Para René todos os aspectos da sociedade deveriam ser guiadas pela razão,entretanto  na sociedade brasileira muitas questões  desafiam a racionalidade ,como por exemplo a desembargadora paulista que esta sendo processada por seus colegas pela liberação de presos que já tinham cumpridos suas  penas,ou a presença de crucifixo em repartições publicas  sendo como característica do estado a ausência de uma religião oficial(estado laico).
   O Discurso do método foi muito importante para o desenvolvimento e pela busca do verdadeiro conhecimento e pela criação da ciências moderna ,contudo hoje sabemos que a razão não e a unica forma de conhecimento, mas a duvida permanece como principal fundamento metodológico para qualquer  novo conhecimento.

Bom senso x senso comum

 René Descartes traz em sua obra “O discurso do método” a temática do conhecimento, e o caminho do qual fez uso para construí-lo. Defensor assíduo da racionalidade como caminho para a verdade, Descartes defendia que todo e qualquer saber deveria ser colocado em questionamento utilizando-se da dúvida como ponto de partida para a construção do conhecimento e tomando por verdadeiro tudo aquilo que, após questionado a fundo, se apresentasse de forma clara  e distinta, livre de falsas  afirmações, ou seja, a clareza alicerçada  pela racionalidade era o critério de definição para a verdade.

   É notável que falta muito do pensamento de Descartes nos dias atuais, pois imersos em uma sociedade que em sua maioria utiliza a emoção e o senso comum como meios formadores de opinião sobre assuntos importantes como o aborto e a homossexualidade, estamos fadados a uma forma de julgamento social muitas vezes excludente, levando em conta o modo de pensar e se relacionar de um grupo em detrimento das minorias. A falta de racionalidade e de informações concisas e livres de opiniões tendenciosas somada ao excesso de considerações emocionais é o mal que impede o progresso da construção de um modo de pensar socialmente abrangente e harmonioso para a diversidade social e cultural que é o nosso país.

(Tawana Alexandre do Prado - 1º ano - direito noturno).

Uma Breve Reflexão



         René Descartes fala em sua obra Discurso do Método em um mundo pensado e decorrente não de vontades particulares, e sim das do próprio mundo. Mas tudo partindo de um princípio onde Deus nos dá a primeira faísca para o pensamento e usarmos a razão para desbravar o mundo e sermos soberanos às outras espécies. Porém, a partir desse pressuposto, e de sua época, ele precisava de algo que o fizesse ser aceito em sua sociedade com a Igreja Católica ainda forte e manipuladora.
            Em sua base de pensamento com três máximas: a primeira, manter as tradições e não deixando de lado os pensadores clássicos, como exemplo Platão, Aristóteles, entre outros; a segunda, ser concreto de suas decisões e esquecer o arrependimento; e a terceira, abdicar de seus dejesos próprios para aceitar o que a vontade mundial quer. A partir disso então, seria possível comparar com a sociedade atual, onde não se tem tempo para pensar, o que Descartes já dizia que deveríamos nos reservar um tempo de pensamento e meditação para nos tornarmos felizes.
 Outro ponto, seria os jovens modernos, que passam sua infância e adolescência se matando para passarem no vestibular, e, ao chegarem em seu terceiro ano do ensino médio  estando perdidos em seus pensamentos para que rumo seguir, ou qual decisão tomar. Então, seria prudente avaliarmos sob qual condição estamos nos sujeitando e julgar se realmente vale a pena aceitar as imposições do sistema vigente?


                                            Paulo César de Oliveira Borges - 1º ano Direito (Noturno)

Descartes, a atualidade e a racionalização


René Descartes inaugurou a ciência moderna com “O discurso do método”, defendendo o uso da razão como forma de interpretar o mundo, buscando uma transformação da sociedade e não apenas a contemplação, como na Antiguidade. A ciência seria um instrumento para o bem do homem, que através da dúvida e da racionalização encontraria a Verdade.


Ao tratar da “moral provisória”, Descartes defende a cautela, o respeito aos conhecimentos anteriores e a análise isenta do mundo. Há também, em sua obra, crítica ao sobrenatural e ao conhecimento adquirido pelo hábito. 

Suas ideias são extremamente atuais à luz de temas polêmicos como aborto e Estatuto da Família, que muitas vezes geram reações baseadas na emoção, em concepções religiosas e percepções tradicionais. É clara a necessidade de racionalização para encontrar soluções coerentes e harmoniosas que acompanhem e corroborem as transformações sociais.

Vívian Gutierrez Tamaki - 1º ano - Direito

Descartes e a obsolescência da fragmentação do conhecimento

  De acordo com a teoria do filósofo e matemático René Descartes, a razão é uma virtude que se manifesta de forma igual em todos os indivíduos. O que os diferencia, então, são os caminhos pelos quais a razão de cada individuo percorre para o desenvolvimento do conhecimento. Desse modo, aqueles que conseguem de alguma forma sistematizar o pensamento, conseguem mais facilmente desenvolver seu próprio conhecimento.

  Assim, para auxiliar o homem na obtenção do conhecimento, Descartes, em seu livro ´´O Discurso do Método``, expôs seu método de reflexão que se fundamenta em, basicamente, quatro princípios dentre os quais um deles corresponde a uma das maiores dificuldades do ensino mundial na contemporaneidade. Trata-se da fragmentação da realidade em parcelas cada vez menores a fim de facilitar sua análise e, segundo o filósofo, a elaboração do conhecimento. 

  É importante notar que, se por um lado tal preceito facilita a análise de um aspecto específico da realidade, por outro ele impede uma visão mais completa da mesma. Assim, a divisão do conhecimento em diversas disciplinas em grande parte do mundo, atualmente, acompanhando o pensamento de Descartes, faz com que a maioria dos estudantes tenham grande dificuldade em encarar problemas relacionando as mais diversas áreas do conhecimento. 

  Para superar a fragmentação do saber, contudo, criou-se o conceito de interdisciplinaridade que vem se propagando cada vez mais pelo mundo. Na Finlândia, por exemplo, o chamado ´´ensino por fenômenos``, que representa justamente o conceito de ensino multidisciplinar, já começa a ser adotado nas escolas, mostrando que a teoria de Descartes, tão importante para o desenvolvimento cientifico da humanidade vem dando espaço a um modelo de ensino mais adequado às necessidades do século XXI.

Gabriel Henrique Bina da Silva - 1º ano de direito, matutino

A ignorância conhecida, a verdade revelada

   René Descartes, em seu ''discurso do método'' propõe que tudo aquilo que nos é apresentado, sem o mínimo trabalho de análise, é passivo de dúvida. Nada poderia ser intitulado como verdadeiro, sem o processo de indagação e investigação. E para alcançar a verdade, somente a objetividade teria espaço no campo das discussões. Dessa maneira, tudo que fosse subjetivo, parcial e, até mesmo, especulativo,  deveria estar á margem dessa epistemologia.

   Isso fez com que Descartes revolucionasse o pensamento filosófico da época, pois até então, muitas concepções religiosas guiavam as ações humanas. Vale lembrar, que o contexto histórico em que Descartes está inserido, é de extrema ''turbulência", isto é, um momento de emergência do renascimento, da ideologia humanista e o que, posteriormente, daria base ao surgimento do iluminismo( o que explica sua influência em diversos pensadores, como John Locke). Devido á isso, crenças e superstições não encontravam espaço nessa incessante investigação do saber correto.Dessa maneira, pode-se observar que o momento exigia do filósofo essa postura, o de indagar, questionar e não se submeter a nenhum valor constituído apenas de opiniões.

Outro ponto que Descartes cobra a atenção para aqueles que pretendem alcançar a verdade, é enfrentar aquilo que a sociedade, na qual o indivíduo está colocado, defende. Ou seja, muitas vezes uma ideia,por mais absurda que seja, quando compartilhada por um grupo de pessoas, parece ser a mais correta. Isso requer resistência á força coercitiva, pois a mesma é capaz de forjar valores considerados verdades, sem realizar todo o método de pesquisa.

Portanto, para definir o pensamento desse filósofo, no que se refere ao conhecimento verdadeiro, a palavra chave é o CETICISMO, isto é, duvidar de tudo que está ''pronto'', que chega de ''primeira''. Só assim, deixando as próprias convicções, opiniões e emoções, seria possível chegar a uma verdade absoluta.

    Murilo Ribeiro da Silva.     1º ano de Direito, matutino.


A razão como caminho

          René Descartes revela, em 1637,em sua obra "Discurso do método", uma nova atitude filosófica, o pensamento visto em um diferente ângulo, o qual contraria o senso comum e a certeza como absoluta verdade. Seu método científico, orientado pela razão e assentado em uma "moral provisória", buscava sobretudo a transformação do conhecimento, a partir da desconfiança em relação a demasiada convicção.Assim, utilizou a dúvida como princípio fundamental, a clareza como verdade e a razão como caminho.
           Em sua obra "Discurso do método", Descartes nos traz a assertiva de que "a razão não nos sugere que tudo quantos vemos ou imaginamos seja verdadeiro, mas nos sugere que todas as ideias ou noções devem conter algum fundamento de verdade". A partir disso, sua obra se torna muito importante também na atualidade.
           Ao se analisar o consumo exacerbado enaltecido, atualmente, pelo próprio homem, é preciso voltar a teoria de Descartes. Nossa sociedade é baseada nos signos de consumo, sucesso pessoal e promessas de felicidade colocadas pela mídia. Somos bombardeados por propagandas, imagens que nos influenciam e alienam, trazendo como verdade que o consumo é uma necessidade vital e que pode nos fornecer a total felicidade.
          Dessa forma, insere-se a necessidade da dúvida proposta por René Descartes. É preciso questionar, duvidar de tudo que é nos mostrado. Para ele, nem tudo o que vemos é verdadeiro, sendo que nossos sentidos podem nos enganar.Assim, em frente a diversas propagandas com situações utópicas de felicidade e promessas de sucesso, se faz necessária a dúvida e a desconfiança, para desconstruir essa coercitividade estabelecida. Com o uso da razão, podemos examinar a verdade, e evitar que sejamos produtos das nossas próprias vontades.


Gabriela Guesso Pereira
1º ano Direito diurno

Transição de mentalidades e a dúvida no método de Descartes

Na obra atemporal de Descartes, Discurso do Método, é possível observar que tal autor habita um período de transição do feudalismo para o capitalismo, ou seja, esteve presente num caótico período de troca de mentalidades: feudal (escolástica) para burguesa (racional). Todavia, nesse tempo de crise, mesmo que tenha ocorrido essa transição de mentalidade, não se pode considerar que a Europa se rompeu totalmente das tradições anteriores. Analogamente, Descartes também não.

Descartes não se desprende de Deus em sua obra, tanto que o traz ao centro de sua filosofia, evidenciando que não se desfez totalmente da escolástica. Porém, é fortemente influenciado pelo materialismo burguês, que faz o homem acreditar que é ele quem conduz seus atos e é quem possui a razão, não mais recorrendo a Deus, como fariam os escolásticos. Além disso, Descartes é contra o fundamentalismo religioso, o qual ainda era muito presente em seu período, e a favor do racionalismo presente nas ideias burguesas.

O principal artificio no qual Descartes se baseia na sua obra é a razão, no qual o ser humano conduz-se pelo seu bom senso, sendo extremamente racional, princípio este que personaliza o homem burguês. Tal razão é utilizada para se obter um conhecimento verdadeiro, uma verdade incontestável. Para isso, Descartes formula um método, o qual possui regras, sendo uma delas a da evidencia, a qual se baseia na ideia de que não pode ser aceito como verdade tudo aquilo que de alguma forma possa gerar dúvidas. Assim, é evidente quão importante é a dúvida para se obter uma verdade indiscutível, sendo ela um meio para se chegar ao fim desejado pelo seu método: a certeza. Ou seja, a dúvida é um instrumento da razão.

Em sua obra, Descartes explicita tal afirmação citada acima: “ [...] por desejar então ocupar-me somente com a pesquisa da verdade, pensei que era necessário agir exatamente ao contrário, e rejeitar como absolutamente falso tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida, a fim de ver se, após isso, não restaria algo em meu crédito, que fosse inteiramente indubitável”.



Gabriel Ferreira dos Santos - 1º ano - Direito/noturno

A teoria cartesiana: razão e imparcialidade

O filósofo René Descartes é considerado o preceptor da filosofia moderna, visto que sua teoria rompeu com a tradição aristotélico-tomista do empirismo e estabeleceu a razão como base do conhecimento, em detrimento dos sentidos. Em seu livro "Discurso do Método", ele busca, através de uma exposição autobiográfica, construir um alicerce único para todo o saber, sendo, assim, o teórico da interdisciplinaridade. Intentando a unicidade, o pensador julga que o desenvolvimento das demais ciências é condicionado à filosofia e que o pensamento individual é mais eficaz que os métodos técnico-científicos na busca pelo conhecimento.
Autor da máxima do racionalismo clássico "penso, logo existo", Descartes defende que a razão diferencia o homem dos animais e está presente em todos os humanos. Cabe a cada um, para alcançar a verdade, desconsiderar todas as opiniões adquiridas pelo hábito, rejeitando como falso tudo o que possa ser considerado dúbio e, consequentemente, ofuscar a razão. A dúvida é o advento de todo o conhecimento, pois induz o homem a uma análise completa daquilo que está diante dele.
Podemos relacionar a teoria cartesiana com inúmeras questões da atualidade, entre elas, as polêmicas acerca do casamento homoafetivo e da legalização do aborto. Vivemos numa sociedade em que as opiniões são formadas, em sua maioria, pelo senso comum, o que resulta numa banalização da reflexão e consequente homogeneização de ideais. É necessário que os indivíduos livrem-se dos preconceitos e dogmas religiosos e sociais para analisar de forma verdadeiramente racional tudo aquilo que os cerca.
Para Descartes, o conhecimento construído individualmente é mais efetivo do que aquele que advém do coletivo. Cada ser deve mudar, primeiramente, seus próprios pensamentos, para depois procurar modificar o mundo. Além disso, ele prega que apenas algumas leis e costumes precisam ser seguidos, porém de forma moderada, sem radicalismos. Em suma, o uso da razão em prol da relativização das supostas verdades é indispensável para construir conceitos sólidos, que sejam dotados de imparcialidade e justiça e possam ser aplicados beneficamente à sociedade.

 Thainara Righeto - 1º ano Direito matutino

O triste fim da razão



Eu estou apaixonado.
Sim,eu estou.
De repente uma paixão me arrebatou.
O mundo para mim está diferente.
Uma miscelânea de coisas que não consigo identificar.
O afeto entre dois iguais? Jamais, estou apaixonado.
A universidade está ficando negra? É o fim, estou apaixonado.
Legalização do aborto? Dignidade ao corpo feminino? Empoderamento?
Absurdo, estou apaixonado.
É paixão, é tanta coisa.
É uma contemplação.
O homem não explica o mundo.
A minha paixão sim.
Talvez eu duvide do passado.
E não me escore na moral.
Afinal, estou apaixonado.
Ou talvez tenha certezas, absolutas certezas
E me desfaça da cautela.
Vou criar esse meu conhecimento apaixonado
Sobre alicerces de pó e fúria
Sobre alicerces de Veja, Globo e Capim.
A paixão me pegou.
Minhas panelas ecoarão pelo condomínio.
Vamos massacrar a isomeria trans da humanidade.
E descartemos Descartes
Esses descartes sem compromisso.
A razão e seu sumiço.
Eu estou apaixonado.

José Eduardo Adami de Jesus – 1º Direito (noturno)


O método de Descartes e a alteridade.

“O discurso do método”, de René Descartes, é uma espécie de autobiografia que busca descrever o caminho que o autor utilizou para atingir a verdade de forma racional e evitando ilusões. Com seu método, René inaugura a chamada Ciência Moderna, que consiste em uma ciência guiada pela razão e tem como fim soluções práticas e benéficas ao homem.

Contudo, defende que a mudança do método científico deve ser um processo cauteloso e não acontecer de forma radical. A obra foi escrita em língua vulgar – o francês. O abandono do latim tinha como intuito o uso público da razão, que deveria ser um privilégio de todos os homens.

Hoje, no Brasil, existe um movimento pró-impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Observa-se que grande parte de seu discurso se baseia em sentimentos e é guiado pela emoção, não por uma análise profunda da política. Por este e outros motivos a obra de Descartes se faz tão atual.

É importante trazer seu método e os preceitos da Ciência Moderna para assuntos tão relevantes quanto política e economia. Porém, é indispensável conciliar o estudo metódico dos temas com a nossa sensibilidade ao mundo externo, uma vez que a alteridade é um caminho para a justiça.

Ana Luísa Mendonça Ruggeri - 1º semestre - Direito (matutino)

Crítica à cegueira da Justiça e ao método de Descartes

Desde o surgimento da civilização humana, a Justiça se sustenta como um dos pilares da organização social e da convivência harmônica entre os seres. Da sociedade mesopotâmica até a atualidade, passando pela organização política das cidades-Estado gregas, a superestrutura do Império Romano, a descentralização do poder feudal, a propagação da moral cristã, o absolutismo dos reis modernos e a instituição dos Estados burguês, o entendimento sobre a Justiça em muito se alterou. O jurista Miguel Reale assume os conceitos de Direito e Justiça como as artes do bom e do justo.

A Justiça costuma ser representada pela imagem da deusa grega Ártemis, com os olhos vendados, segurando uma balança em uma mão e uma espada noutra. A balança remete à equidade e ao justo, a espada diz respeito à força e a venda em seus olhos surge da ideia segundo a qual a Justiça é cega e não pode enxergar as distinções entre as partes que a ela recorrem.

A venda que cobre os olhos da Justiça torna o Direito insensível às contradições sociais. Não se pode ignorar que existam pessoas oprimidas e pessoas que oprimem, pessoas privilegias e pessoas que são esmagadas por privilégios, e não seria de fato justo empregar o mesmo tratamento à ambas as partes.

O filósofo René Descartes, em seu texto "Discurso sobre o método" apela à razão em detrimento das emoções. O pensador da máxima penso, logo existo se arrisca a cometer o mesmo erro daqueles que impuseram a venda aos olhos da Justiça. No tempo de Descartes, recorrer à razão era um gesto revolucionário de ataque aos mitos e ao obscurantismo escondidos nas sombras de uma suposta emoção. Entretanto, não se pode dissociar por completo os dois conceitos, uma vez que a razão mais completa contempla o compreendimento da emoção, a sensibilidade sobre a realidade.

O bom e o justo, matéria-prima do Direito, bem como o saber que Descartes perseguia não são conceitos cegos ou restritos, mas passam por uma complexidade de análises que, por sua vez, não podem desprezar a emoção e sensibilidade no trato com a pessoa humano.

Guilherme da Costa Aguiar Cortez - 1º semestre de Direito (matutino)

Legalização da maconha: Formando opiniões ao modo cartesiano

René Descartes é um importante filósofo francês cuja ideologia baseia-se no uso da razão como caminho ao conhecimento, à verdade. Criticando então conhecimentos oriundos de elementos sobrenaturais ou embasados em religião. Além da razão, Descartes utiliza-se da dúvida como ponto de partida para um novo conhecimento científico exigindo também cautela, devendo então se apoiar em uma “moral provisória”.
O Brasil encontra-se em uma discussão polêmica sobre a legalização da maconha. Para uma boa reflexão podemos então utilizar os métodos do filósofo francês que se encontram em sua obra “O discurso do método”.
Sabe-se que há uma grande resistência quanto à legalização da maconha devido a um pensamento ligado ao senso comum, o qual domina grande parte da sociedade brasileira. O filósofo nos fala que é preciso desconfiar desse conhecimento transmitido pelo hábito, e assim, através de uma emancipação própria buscar com o uso da razão tirar novas conclusões e conhecimentos.
A Cannabis além da utilização usual como entorpecente que todos conhecem, pode ser utilizada em tratamentos médicos, através de medicamentos derivados da mesma. Além disso, para onde iria toda essa verba resultante da venda legal da maconha? Há países que o dinheiro é convertido para educação... mas funcionaria no Brasil? Por que sim? Por que não?
E o tráfico, como ficaria após essa decisão? Acabaria? Esse que é um dos maiores problemas contemporâneos do Brasil, no qual a maconha é seu principal produto de venda.
Há então todas essas indagações para colocar o método da dúvida em prática. Lembrando-se também que no brasil há uma bancada evangélica muito forte enraizada no senado, e que, ao utilizar-se de um argumento religioso fere-se o método cartesiano para chegar-se ao conhecimento científico.

Em suma, pode-se notar que através da obra “O discurso do método” de Descartes é possível abrir uma nova discussão sobre este assunto, onde opiniões serão formadas de um modo mais racional e independente do que usualmente vemos acontecer na sociedade contemporânea. Um conhecimento formado através de buscas próprias e menos influenciada por fatores externos.

Isabella Martins Montoia - 1º ano - Direito/noturno

Sociedade Homogeneizada

Em o "Discurso do Método" o filosofo René Descartes nos apresenta uma nova forma de se chegar a verdade, forma essa que tende a superar aquilo que não é racional, ou seja, o mágico, o supersticioso, para que assim a construção do pensamento humano possa ser pautado na razão. E para que se alcance tal objetivo, Descartes nos mostra princípios básicos da razão científica, sendo um deles a dúvida.

E mesmo que o filosofo tenha escrito este livro a quase 400 anos atrás, tal assertiva nunca se fez tão real nos dias de hoje, pois vive-se uma era em que de nada se duvida, tudo o que nos é mostrado pela mídia, pelas redes sociais é tido como uma verdade universal. Dessa forma se produz uma sociedade com certa homogenização de seus pensamentos, que não tende a crítica, mas sim a submissão de suas verdades. 

Como resultado dessa homogenização do pensamento social cria-se indivíduos intolerantes, que não sabem ouvir aqueles que por algum motivo decidiram duvidar do que os foi exposto, fazendo com que esses sejam vistos como "loucos", enquanto que na perspectiva de Descartes eles estão apenas procurando um meio que se chegar a verdade concreta, que possa talvez trazer mudanças ao mundo, o qual por estar sempre buscando suas respostas na mídia e na opinião geral da população não consegue perceber um novo olhar sobre situações tão antigas que já poderiam ter sido resolvidas se houvesse um maior questionamento crítico. 

Pietra Bavaresco Barros- 1° ano Direito diurno 

A Dualidade Razão/Emoção


A filosofia de René Descartes, apesar de, muitas vezes, se resumir ao dizer “Penso, logo existo”, abrange muito mais que isso. Revolucionária para o período em que Descartes vivia, deu início ao pensamento moderno ao introduzir ideais de igualdade entre os homens e descartar quaisquer postulados que não fossem originados exclusivamente da razão. Com isso, Descartes agravou a dualidade razão/emoção, presente desde a Antiguidade nas discussões de cunho filosófico-intelectual.
Para Descartes, a razão é algo que iguala os homens, pois todos eles possuem capacidade racional, e, mais do que isso, deve ser usada por todos, para que se faça jus ao privilégio humano de pensar. Segundo ele, para se chegar ao conhecimento e à resolução de questões problemáticas, o homem deve se abster de todas as influências subjetivas e de cunho passional.
A importância da filosofia cartesiana é sua aplicação na realidade e não apenas sua discussão teórica. Na atualidade, Descartes encontraria soluções relativamente rápidas para os temas que suscitam discussões infinitas na sociedade, pois esta está sujeita a interferências abominadas por ele: saber sobrenatural, sentimentos e, principalmente, a religião. Um exemplo disso é o aborto. É quase impossível chegar a um consenso quando metade da população vale-se da razão, assim como proposto por René, mas a outra metade segue a emoção. A questão é que, em filosofia, não há como estabelecer uma corrente de pensamento como a única correta e condenar todas as demais, por isso a dificuldade de entrar em acordo em tais debates.
Ainda hoje, anos e anos depois de sua criação, o método cartesiano causa espanto, porque as pessoas encontram demasiada dificuldade em deixar suas concepções passionais em segundo plano e, dessa forma, perdurará por muito tempo o entrave entre a razão e a emoção, o que prejudica e atrasa o desenvolvimento da própria sociedade: levam-se décadas para resolver questões ditas urgentes.

Maria Eduarda Tavares da Silveira Léo, primeiro ano de Direito diurno.

Infalível?


  A herança cartesiana se mostra clara nos dias de hoje, seja no plano cartesiano da matemática ou em filmes como "Matrix" ou em nossa crença na razão. Descartes acredita cegamente na razão. Isso fica claro em "Discurso do Método". Neste livro, seu autor (René Descartes) nos indica sua linha de pensamento para chegar a verdades inquebráveis, e essas verdades realmente parecem inquebráveis, mesmo com algumas delas sendo duvidadas(como a existência de Deus e da alma).
  Duvidar da existência  de tudo leva a um paradoxo. Num momento, pensa-se: duvido da existência de minha dúvida. A partir deste paradoxo, é possível se ter certeza de que  dúvida existe, ou que o pensamento existe, e se o pensamento existe, o ser pensante existe. Mas Descartes vai além disso e utiliza esta conclusão para provar a existência de Deus e da alma, partindo do princípio de que se algo existe, não pode ter surgido do nada, e faz tudo isso utilizando-se da razão.
  Será que a razão pura pode realmente explicar a existência de Deus? Garanti-la como certa? Afinal, quais são os limites da razão? Kant já tentou encontrar as limitações da razão em seu livro "Crítica da Razão Pura". No século XX, muito discutiu-se sobre a crise da razão e, a partir desta crise, a filosofia foi repensada. No entanto, até hoje cremos na razão como método infalível de se chegar ao conhecimento.
  Impossível negar a influência da razão nas nossas vidas. Difícil não se utilizar dela para tentar explicar o mundo. Por isso o método de Descartes parece infalível. Para alguns tipos de conhecimentos, talvez ele realmente seja, mas será que é um método totalmente a prova de falhas?

Péricles de Freitas Nogueira, primeiro ano de Direito.