segunda-feira, 18 de março de 2024

O indivíduo, o mundo e seu preconceito

 

Entre todas as frases ditas por Wright Mills a que mais me chamou a atenção é a seguinte “tudo aquilo de que os homens comuns têm consciência direta e tudo o que tentam fazer está limitada pelas órbitas privadas em que vivem.”. Diante dessa frase é possível tirar conclusões sobre as razões que motivam as ações humanas. A sociologia em sintase busca demostrar como o ser humano tem suas atitudes influenciadas, se não ditadas, pela esfera social em que vivem.

Perante tal fato, fica simples entender o conceito de racismo estrutural, isto é, o preconceito naturalizado em uma sociedade. Nesse caso ações não são vistas como racismo pelas pessoas que o praticam em razão da conduta ser internalizada pelo grupo social. Basicamente, as pessoas têm suas atitudes governadas por um pensamento hegemônico da sociedade que deduz que um raça que qualidades superior a outra.

 Como exemplo de uma conduta motivada pela naturalização social do preconceito, temos o caso de racismo ocorrido neste domingo na partida entre juventude e internacional pela semifinal do gauchão. No caso em questão “torcedores’ do juventude tiveram ações racistas para provocar a torcida do internacional. Esse é só um dos inúmeros casos de racismo no futebol, porém, se fosse feita uma pesquisa certamente a maior parte da sociedade gaúcha não estaria preocupada com a situação, afinal, “isso é normal no futebol” e “e assim mesmo’.

Isso demostra que por mais que muitas pessoas digam o contrário, suas opiniões, crenças e ações são, no mínimo, influenciadas pela sua “órbita privada” de consciência, isto é, o meio em que a pessoa está inserida, seu grupo social.

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