segunda-feira, 5 de julho de 2021

Ponto de Mutação: análise da estrutura social e a perspectiva de mudança

 O filme “Ponto de Mutação” apresenta uma análise sobre o modo como os indivíduos possuem uma visão mecanicista e sistemática sobre a organização e o funcionamento da sociedade. Ao longos dos minutos, nós - os telespectadores -, somos conduzidos a repensar sobre o modelo de sociedade que criamos no passado e como ela reverbera no presente. Durante os diálogos apresentados, muitas questões pertinentes se dividem nos mais variados temas, convidando quem assiste a participar de um longo debate estabelecido entre os três personagens da trama: Sônia, uma cientista; Jack, um político e Thomás, um poeta.

A proposta na qual é possível pensar a discussão levantada no filme, se traduz da seguinte forma: embora o modelo cartesiano de Descartes tenha sido o ponto de partida das sociedades passadas, atualmente, esse modelo entra em questionamento quando surge a análise das ditas “sociedades modernas”. Entre as várias pautas presentes no filme, as discussões acerca da sustentabilidade, política e poesia conseguem se destacar pois permitem uma nova leitura sobre o funcionamento do mundo e das relações sociais estabelecidas.

O debate gerado pelos três personagens propõe uma visão que ultrapassa a ideia de um mundo capitalista e cria a oportunidade de interpretar a formação de uma sociedade que tenha em seu interesse integrar cada vez mais as diversas áreas da vida humana.

A discussão sustentada ao longo do filme  permite analisar pontos que se fazem presentes na contemporaneidade, pois questiona a funcionalidade de um modelo social que acredita na fragmentação para a compreensão de tudo o que acontece ao redor do indivíduo.

Entretanto, é possível compreender que esse modelo embora tenha sido o suficiente para entender a relação do mundo e das pessoas no passado, hoje, no presente, está em disputa com uma outra análise que propõe integrar e relacionar todas as conjunturas e estruturas existentes, explicitando que todas as áreas estão em constante conversação e, esse fato, não pode simplesmente ser ignorado. 

Uma das análises propostas pela personagem Sônia, discute como o sistema capitalista se fundamenta em contemplar a natureza com um olhar exploratório:

“É como se a natureza funcionasse feito relógio. Você a desmonta, a reduz a um monte de peças simples e fáceis de entender, analisa-as, e aí passa a entender o todo.”

Nesse sentido, pode-se entender o quão maléfica e prejudicial é a cultura capitalista por explorar o meio ambiente e individualizar o ser humano. Ao mesmo tempo, o filme discute perspectivas que podem elevar o pensamento a um outro modelo de sociedade que tenha como perspectiva integrar as ações humanas junto a um desenvolvimento que valorize o equilíbrio e o progresso de um ambiente que é familiar e intrínseco à todos os indivíduos: o mundo.


Aluno: Pedro Oliveira Silva Júnior 

Direito - Noturno - 1*Ano 



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