sábado, 3 de julho de 2021

CPI DA PANDEMIA: FRANCIS BACON E GOVERNO FEDERAL, RACIONALIDADES EM DISPUTAS.

 

É de conhecimento popular o que ocorre no Brasil durante a pandemia, um governo pautado no negacionismo e na descrença nas ciências, calcado na religião, no senso comum e na falsa sensação de perseguição, ou seja, a política adotada para o combate a covid-19 é justamente a da morte, a necropolítica. Então foi instaurada uma comissão parlamentar de inquérito do senado, com a finalidade de apurar as ações e omissões do Governo Federal no combate da pandemia da Covid-19 no Brasil, como destaque no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a falta de oxigênio para pacientes internado que resultou na morte de muitos; e as possíveis irregularidades com contratos, fraudes em licitações, superfaturamentos, como exemplo a compra de vacinas da farmacêutica indiana covaxin, da assinaturas de contratos com empresas de fachada para prestações de serviços.

Por outro lado, há pensadores como Francis Bacon, que buscavam incessantemente a verdade, e para isso, se apoiavam na base das ciências, para além das crendices e das falsas noções do intelecto humano. Para o Francis Bacon, as falsas noções de verdade, ou definido por Bacon como ídolos, se implantam no intelecto humanos de tal modo que dificulta, que obstrui o caminho na direção da verdade, quer dizer que, essas inverdades atuam como obstáculos para a própria instauração das ciências, já que o senso comum é um conhecimento limitado e fundamentado nas tradições, com caráter utilitarista e imediatista, colocando o individuo em uma relação superficial com a verdade. Bacon propõe a cura da mente como um novo método, que seria regulação da mente humana por mecanismos da experiência.

Daí vem a seguinte pergunta: qual a relação da postura tomado pelo Governo Federal diante da pandemia em comparação com o pensamento de Francis Bacon, pois bem, eu lhes respondo, deu um lado temos o Governo Federal, com o Ministério da Saúde, que representa, e incorpora o significado de ídolos, com sua postura baseado na descrença as ciências, como a negação de que a vacina não surtiria efeito para controle e inibir as mortes, além de promover o usos de medicamentos sem nenhuma eficácia comprovada para tratamento de pacientes com covid-19. Em contrapartida, temos Senadores, tomara uma postura mais apegada nas ciências, no conhecimento científico, como referência, como meio mais seguro de buscar a verdade. Além de Governadores que se opuseram a política tomado pelo Governo Federal frente ao avanço das mortes ocasionadas pelo SARS-COV-2.

Por essa razão, a comissão parlamentar de inquérito foi instaurada, com finalidade de investigar as omissões do Governo Federal no combate a pandemia, e com isso, foi se levantando diversos outros crimes, até chegar ao escândalo de corrupção envolvendo a Bharat Biotech e o Ministério da Saúde, que seria o órgão responsável pela manutenção da saúde pública no Brasil, e que se mostrou na direção contrária da saúde.

Fica evidente, portanto, a postura defendida pelo Governo Federal, sobretudo pelo Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, ou melhor Jair “Asmodeus” Bolsonaro, de negação ao conhecimento científico, sempre baseando-se nas suas falsas verdades, no seu pequeno intelecto, com seu ideal primitivo de que a ciência é estritamente falha, e prefere se apegar ao seu pequeno mundo. Paradoxalmente, maioria dos Senadores que compõe a CPI se apegaram ao ideal de Francis Bacon, baseando nas ciências, na experimentação, como maneira de mais genuína de buscar a verdade, se contrapondo a necropolítica, defendida pelo Governo Federal.

Cássio E. Goulart - 1º Semestre DIREITO/Diurno

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