segunda-feira, 20 de abril de 2020

A história na ciência

Partindo-se do princípio, pela qual, a ciência foi a contrapartida pelos conhecimentos existentes no mundo, entender que a mais pura razão não advém do misticismo, da fé, tampouco do conhecimento empírico. Colabora-se interpretar que o método racional foi a base para a compreensão das coisas mais intrínsecas da vida, corroborando na eficácia do raciocínio científico. 
A humanidade, com o passar do tempo, vem buscando e alternando seus princípios sociais e políticos, a pré modernidade exemplifica isso, o conceito de direito sendo entendido que a sociedade, mesmo que complexa, pressupõe do individualismo e da vontade geral. Advindo disso, o surgimento de diversos pensadores a fomentarem uma explicação desse meio social, seja um contrato social, o esclarecimento dos direitos e deveres, fundamentos da ética e moral humana, afinal, o que isso levou à tona? No período medieval, seria resumido como adversidades aos preceitos do clero, na modernidade como ganância ao centralismo estatal, já na contemporaneidade, um avanço para as questões sócio-políticas, sendo ressaltadas e prestigiadas nos novos contextos sociais.                      
Adentrando a essa questão, vê-se que ao longo desse processo temporal, a ciência sempre se caracteriza a medida em que essas sociedades são regradas, afinal, quem está no poder? Como são as culturas ali presentes? O que está escrito na Constituição?            
São essas indagações, que levaram a mais pura ciência, a não ser mais aquela “velha ciência”, modelou-se um projeto, um conjunto de regras a serem obedecidas, juntamente com estruturas sendo programadas e arquitetadas. A sociedade que encontrou seu caminho de volta, ou seja, que não esqueceu dessa ciência, passaram por um processo de provação, sua liberdade posta à prova, mas em algum momento da história fizeram escolhas erradas, foram manipuladas, iludidas e comumente controladas.                
Ademais, observa-se que o Brasil vive em uma alienação de sua própria sociedade, não entendemos que nossos cumprimentos como simples cidadãos, é fazer jus ao que lá atrás a humanidade conquistou, o direito a educação e a saúde pública de qualidade não estão sendo eficientes. Nessa atual pandemia global da Covid-19, vê-se os resultados em relação a falta do investimento público e interesse em trazer conhecimento as pessoas, na construção de seres humanos críticos e racionais, sem deixarem ser levados e enganados por falsas informações.                                                                                                   
Além do mais, não basta olhar que a saúde pública, a mais afetada nesse âmbito, esteja intensamente agravada somente agora, pessoas por todo o país são submetidas a intensa falta de suporte para a sua sobrevivência durante todo o tempo, isso certamente, não muda. Jean-Jacques Rousseau, filósofo genebrino, dizia que a sociedade é forçada a ser livre, aqueles que não se encaixam na visão dos poderosos organizadores, são obrigados a aceitarem esse modo de vida.        
Junto a isso, como declarava o filósofo germânico Friedrich Hegel, a sabedoria e a compreensão no curso da história humana, só acontecerão em um estágio mais avançado, quando olharmos para o que já aconteceu, assim como alguém revê os acontecimentos do dia quando a noite cai. Por conseguinte, devemos iniciar essa busca, nos perguntarmos, e com isso, irmos atrás das respostas. A medida em que cada indivíduo cumpre a sua parte, constrói-se uma sociedade propriamente organizada, a começar, pelo simples fato do pensar, pois só assim, como afirmou o físico e matemático francês René Descartes, existimos, e traremos de volta aquela velha ciência esquecida.

ANDRESSA OLIVEIRA DO CARMO – 1° ANO DIREITO NOTURNO

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