Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Pensamento e Aproximação
As obras de Marx e Engels têm cunho socialista e não se restringem apenas a formas políticas. Começam por criticar outros socialistas, Owen, Saint Simon, Fourier, entre outros que para Marx e Engels são utópicos porque não conseguem aplicar suas teorias na sociedade, ficam só no campo das ideias. Marx, ao contrário, sempre esteve próximo a fatos do cotidiano. Trabalhou em um jornal e sempre estava por dentro das notícias de greves, assassinatos, entre outros. Daí sua busca do conhecimento para entender a sociedade e o mercado.
As ideias de Marx e Engels são tiradas da análise da sociedade, que não é abstrata, e sim real. Essa análise da sociedade consiste, sobretudo no estudo das fontes históricas, as culturas, experiências entre mais. Por exemplo, através do estudo histórico, percebe-se que a luta de classes sempre existiu, é anterior a Revolução Industrial e foi necessária para as mudanças ocorrerem. Essa aproximação afasta o idealismo e por fim a utopia.
O materialismo dialético a que se procura é justamente esse conflito de ideias burguesas com sindicatos, que geram uma nova realidade. Essa nova realidade vai se amadurecendo cada vez mais, no ritmo que o marxismo, na maioria das vezes, vai se opondo às ideias primeiras e criando novas concepções. E o produto disso é o socialismo
As ideias estendem-se á produção capitalista. A economia é a base da ordem social tendo maior destaque que outros aspectos, portanto, o materialismo e suas contradições também devem ser buscados no fator econômico. A crítica nesse sentido é direcionada no fim da produção, ora se todos trabalham é injusto que apenas um fique com o produto gerado (crítica à mais-valia). Além disso, as máquinas que deveriam facilitar e aliviar o trabalho dos homens, só o torna mais competitivo e desgastante.
Apesar de suas ideias aplicadas na sociedade, os próprios autores, acreditam que as mudanças sociais deveriam acontecer espontaneamente e sem um prazo programado para a concretização das ideias.
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