sábado, 9 de março de 2013

Elemento distintivo


O confronto das formas de pensamento, a elaboração de um método científico norteado pelo elemento distintivo denominado “razão” e a busca da verdade são aspectos abordados na obra “O Discurso do Método” (1637), de René Descartes.
No contexto histórico da inauguração da ciência moderna, no início do século XVII, a efervescência na área de pesquisas desencadeou descobertas e avanços, originando a revolução científica. Caracterizado pelo Absolutismo e pela Contrarreforma, o período foi marcado pelo advento de teorias que contestavam antigos dogmas e conhecimentos fundamentados na tradição religiosa. Assim, René Descartes considerava que a razão conferia a capacidade de discernir entre o verdadeiro e o falso, evitando enganos provocados pelos sentidos, pela magia, alquimia, astrologia e religião.
Segundo René Descartes, a contemplação do mundo, revelada pela inércia da ciência, deveria ser substituída pela transformação do mundo, revelada pela interação e intervenção. Na pesquisa da verdade, adotou o princípio da dúvida e concebeu como verdadeira a proposição “eu penso, logo existo”, já que o fato de pensar em duvidar da verdade das outras coisas evidenciava a certeza da existência.
Os princípios básicos da razão científica consistiam em duvidar ou problematizar; fragmentar o problema para compreensão profunda; conduzir por ordem os pensamentos, iniciando pelos objetos mais simples e fáceis de conhecer até os mais complexos e estabelecer interconexões e articulações.
Na obra, há a afirmação da existência de Deus, um ser perfeito, de racionalidade superior, do qual tudo se origina. Logo, se não soubessem que tudo que existe de real e verdadeiro provém de um ser perfeito e infinito, por claras e distintas que fossem as ideias, não haveria razão que garantisse que elas possuem a perfeição de serem verdadeiras.


Texto referente à aula 2
Talita Rotta Kamiya (1º ano Direito - diurno)


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