segunda-feira, 21 de maio de 2012

Obscuridade dos pensamentos
Em sua obra Durkheim enfatiza a ideia de que a soma dos comportamentos individuais é diferente do comportamento coletivo como um todo. Essa ideia é um pouco confusa, pois se pensarmos que para Durkheim, a sociedade molda os comportamentos, os sentimentos, então todos seres humanos deveriam, em tese terem os mesmos comportamentos.
O que realmente acontece, é que deve-se agir de determinada forma quando se está em conjunto, comportamentos que deveremos adquirir seguindo o comportamento coletivo institucionalizado. Entretanto, quando um ser se encontra em sua casa, pensativo, seus comportamentos mudam. Agora ele pode agir conforme acha correto, ou nos valores em que realmente acredita. Um grande exemplo dessa ideia, é a manutenção do racismo. O significado da palavra, olhando-se no dicionário é o seguinte: Doutrina que sustenta a superioridade de raças; Preconceito ou discriminação em relação a indivíduos considerados de outras raças. No Brasil, o racismo é considerado crime, mas não existem tantos decretos de prisão relacionados a esse crime, seria porque o problema não existe mais? Na verdade não é bem assim, esse crime é poucas vezes expresso, ele acontece no imaginário das pessoas, elas cultivam o desprezo por outras raças, estereotipam, chegam até a agredir, só que tudo isso mentalmente. Isso é um tanto quanto bizarro, as pessoas nunca são o que aparentam ser, nem quando se é amigo delas, cada uma possui sua própria mente, onde alguns pensamentos até mesmo obscuros são encontrados, como se a pessoa tivesse duas mentes: a individual e a social, uma aberta para se enxergar e a outra fechada.
Talvez a ideia de problemas psicológicos também seja interessante: pessoas que as vezes possuem distúrbios psicológicos parecem seres sociais normais, agem como todos devem agir, entretanto em sua mente, não é bem assim que acontece.


Essa imagem, retirada do filme “O iluminado” de Stanley Kubrick representa bem essa ideia: o protagonista do filme, Jack, quando morador de uma cidade, tendo uma vida em sociedade, nada fazia a sua mulher e ao filho, pelo menos não de forma descarada, já chegou a quebrar o braço do filho, mas dizia que não fez de propósito, entretanto, quando se mudaram para um hotel vazio, que deveriam cuidar nos meses em que era coberto por  neve, Jack passa a demonstrar seus pensamentos obscuros, o ódio pela mulher e o desejo pela morte dela e do filho, longe da sociedade, longe de ser julgado, ele se abre, sua mente individual toma conta da mente social, ele segue apenas sua consciência individual. 






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