segunda-feira, 21 de maio de 2012


De acordo com Durkheim, a sociedade segue uma lógica de coerção interna do Estado. Esta serviria como uma forma de manter a estrutura social harmoniosa. Com isso, sabemos que o indivíduo dessa sociedade deveria abrir mão de parte de sua liberdade individual para seguir os hábitos de uma coletividade, desempenhando, desse modo, o seu papel dentro da mesma.

Diante disso, percebemos o quão perturbado torna-se o indivíduo que tenta se guiar pelas suas vontades individuais e, consequentemente, aos poucos, passa a deixar de pertencer a um determinado grupo. Por exemplo, se pensarmos nos casos de adolescentes que, por motivos nem sempre claros, tomaram a decisão de realizar um assassinato em massa, como aconteceu em Realengo, podemos dizer que tal fato é, na verdade, uma ação coletiva, pois foi fruto de uma não adaptação do indivíduo em um meio social. Nesse caso, após o massacre, o rapaz comete, ainda, suicídio – que podemos entender como uma maneira de fugir da sua realidade, na qual não se sentia inserido na sociedade.

O padrão de vida da família de classe média no Brasil é muito claro: você deve estudar, conseguir o ingresso em uma boa universidade, preferencialmente pública, conseguir um bom emprego,  casar-se e constituir família. Caso você não siga uma das etapas, passa a ser cada vez mais cobrado pela família e pela sociedade, como acontece com os jovens que não querem estudar ou que não conseguem passar no vestibular ou com os adultos que atingem uma determinada idade sem se casar.

É necessário, então, que haja um equilíbrio entre os hábitos individuais e os hábitos da coletividade, pois, ao mesmo tempo em que devemos seguir determinados padrões sociais para que haja uma harmonia na sociedade, é essencial mantermos a nossa individualidade e garantirmos o respeito pelos outros membros da sociedade.




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