segunda-feira, 1 de abril de 2024

Entre o crítico e o retrógrado, a crise na sociologia

 O filósofo Augusto Comte analisa a sociologia como um objeto de estudo fundamental para o compreendimento dos fenômenos sociais, este tendo o mesmo espírito que outros fenômenos, como os físicos, químicos e astrológicos, considerando os aspectos particulares de cada período histórico o qual o estudo é realizado.

 Diante disso, Comte apresenta o espírito positivo, estabelecendo assim a sociologia como uma ciência política capaz de disciplinar e regenerar os gêneros das especulações humanas, desde o menos instruído até o mais esclarecido.

 Sob o olhar histórico, é possível observar que o sistema teológico serviu como forma de preparo para o sistema científico ao se observar a transição da Idade Média para o Renascimento Cultural e assim uma destruiria a outra, tendo como resultado a determinação de um sistema que a marcha da civilização tende a reproduzir.

  Paralelo a isso, Comte cita 2 movimentos de natureza diferentes que hoje agitam a sociedade, um sendo o da desorganização, baseado em uma anarquia moral e política e o outro da reorganização, no qual todos seus métodos de prosperidade devem receber seu mais completo desenvolvimento, e justamente na coexistência dessas duas tendências que se consiste a grande crise na sociologia, pois diferente do sistema teológico e  científico, não é possível que um extinga o outro.

  O destino da sociedade, chegada sua maturidade, não é agradar um grupo mais conservador, mantendo os valores mais tradicionais em voga, ao passo que também não é propósito o de sempre permanecer em mudança ao ponto de não se estabelecer, mas sim construir o cenário mais apropriado para o bem estar de todos, devido a essa dissonância, para Comte, a sociologia se encontra em crise

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