terça-feira, 19 de março de 2024

O POSITVISMO E A QUESTÃO RACIAL

O positivismo é uma tendência filosófica que surgiu na França no início do século XIX. Ela defendeu a ideia de que o conhecimento científico era a única forma de conhecimento verdadeiro. Com base nesse conhecimento, coisas práticas como leis físicas, relações sociais e ética podem ser explicadas. Essa tendência no Brasil é inteiramente baseada em nossa bandeira, onde podem ser vistas as palavras “Ordem e Progresso”.

 

Podemos concluir que o positivismo de Augusto Comte, mesmo com seus fortes aspectos eurocêntricos e evolucionistas em sua constituição sociológica, proporcionou uma função necessária às relações raciais no Brasil. Embora Comte atribuísse qualidades a cada raça, ele não sucumbiu a uma visão essencialmente avaliativa, pois raciocinou que as raças eram o resultado de processos de diferenciação devido ao ambiente, e não de diferenças originais e irredutíveis. Entendendo a diversidade racial ao longo da história, diferenciada pela predominância emocional (negra), intelectual (branca) e ativa (asiática), ele aposta em um grupo baseado em seus próprios casamentos mistos.

 

Por fim fica evidente que no Brasil esta corrente sociológica infelizmente não “vingou” tendo em vista que apesar da frase supracitada, hoje atualmente podemos perceber que a questão racial no território ainda está enraizada. Apesar da abolição da escravidão brasileira, fica evidente que o tratamento que sofre um negro ao cometer o mesmo fato que uma pessoa branca é totalmente desproporcional, tendo que as pessoas negras e pardas tem desde o nascimento tem por “lei” a obrigação de sempre andar com documentos que comprovem sua  idoneidade, sem ao menos terem comedido nenhum crime.


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