segunda-feira, 18 de março de 2024

Construção de ideal familiar no positivismo político

  Em uma sociedade brasileira que tem o lema em sua bandeira o lema de "Ordem e Progresso", é notória a evidente interferência do ideal positivista escrito por Auguste Comte. Porém, isso é prejudicial, visto que cria um conceito tóxico de positividade e busca pelo progresso, que não tem sequer uma explicação real do que seria esse "progresso"

  Nesse ínterim, é visível como essa caçado ao ideal de progresso se intensificou no governo passado - eleito em 2018 - que criou um novo mantro "o Brasil a cima de tudo e Deus acima de todos". É fato que a noção positivista de busca pela ordem está inteiramente amarrada a frase dita em todos os momentos pelo ex presidente, mas a pergunta que não se cala é: Que ordem é essa? Visto que, em sua presidência ele deixou seu país sem proteção nenhuma contra uma pandemia avassaladora que foi a do covid-19, deixando o Brasil em completa desordem.
  Ademais, a outra parte do mantra insiste no conceito de um Deus, que não é seguido por toda a população. O que não faz sentido, pois o estado brasileiro é em sua organização, laico e não deveria se submeter à divindade de uma só religião. Isso ocorre pois, o catolicismo carrega em sí os ideais de família e ordem que o positivismo político carrega. 
  Em suma, esse conceito de família entra no contexto da guarda de capital, que o capitalismo promove, pois os grupos familiares mantém suas reservas e bens em seu sangue. Por isso, um governo que focou tanto no bem das classes mais altas focou tanto em proteger a tal "família brasileira" e deixou de fora as outras formas de construção familiar diferentes do comum que temos hoje no Brasil.

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