segunda-feira, 3 de abril de 2023

O novo positivismo brasileiro.

Iniciada na França, no século XIX, a corrente filosófica de Augusto Comte, levava em conta a superioridade da ciência diante outros métodos de obtenção de conhecimento, tal como a capacidade desta de solucionar as questões humanas de maneira que houvesse menos interferência da teologia e da metafísica; tinha como lema: “O amor por princípio e a ordem por base. O progresso por fim”, qual teve muita influência na formação do Brasil republicano.

A Proclamação da República no Brasil, em 1889, ocorreu com um grande adepto aos ideais comtianos, Benjamin Constant. Nessa época, o positivismo teve uma forte presença no ambiente militar brasileiro, de forma que foram refletidos na bandeira brasileira e no próprio governo. Mas será que ainda está presente nos governos atuais?

Christian Lynch, professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ) afirma que: "O positivismo é conservador e progressista ao mesmo tempo". Panorama esse que foi observado como lema em um dos últimos governos brasileiros, que perdurou até 2022, onde uma massa foi movida e influenciada por um presidente que dizia visar o avanço do país e da economia, conservando o conceito de “família tradicional brasileira” e o de Religião. Todavia, tal progresso nunca existiu fora da bolha desse grupo extremista. E a tão importante ciência defendida por Comte, também foi negligenciada, deixando um rastro de setecentos mil mortos para trás. O progresso foi colocado acima da saúde da população. 

Portanto, os valores fundamentais dessa corrente filosófica, que incluem a observação científica e a solidariedade social voltada para o bem público, foram corrompidos e sua essência acabou sendo perdida. De tal maneira que, o novo positivismo representa uma ameaça, visto que essa comunidade conservadora é repressiva e o preconceituosa, trazendo consigo o alvoroço da população.

Julia Bueno Pinheiro - 1° Ano Direito (Noturno)

RA: 231223137 

 


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