quarta-feira, 29 de março de 2023

Críticas ao Positivismo e a Limitação da Física Social como Ciência da Sociedade

     Iniciada no século XIX com Auguste Comte, a corrente de pensamento positivista se propôs a estabelecer uma nova ciência da sociedade, a "física social". Essa abordagem defende a ideia de que o conhecimento só pode ser considerado verdadeiro se baseado em fatos empíricos, e que a ciência deve se preocupar em encontrar leis gerais que possam explicar o comportamento humano
      No entanto, essa ideia de uma "física social" é altamente controversa. Uma das principais críticas é que a sociedade é um objeto muito mais complexo e dinâmico do que a natureza, e que, portanto, não pode ser estudada da mesma maneira que outras ciências exatas, uma vez que  a natureza pode ser estudada de forma objetiva e imparcial, enquanto a sociedade é influenciada por fatores culturais, políticos, econômicos e psicológicos, o que torna a tarefa de encontrar leis gerais extremamente difícil.
    Além dessa crítica, o positivismo também foi intimado por sua visão reducionista do ser humano, já que o via como um objeto a ser estudado, e não como um sujeito capaz de tomar decisões e agir de forma autônoma. Essa abordagem ignora as diferenças e particularidades culturais, históricas e individuais dos seres humanos, o que limitava sua capacidade de explicar o comportamento desses. Tais críticas evidenciam uma lacuna do positivismo na análise de certas características da sociedade.

Luiz Neto
RA: 231223641

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