segunda-feira, 6 de junho de 2022

O materialismo-histórico dialético aplicado à realidade brasileira.

Conforme o filósofo alemão Karl Marx, na sua décima-primeira tese sobre Feuerbach, "os filósofos até agora se dedicaram a pensar o mundo, está na hora de mudá-lo". 

Dessa maneira, a partir de uma concepção derivada da dialética hegeliana, que se constituía da construção por meio da tese, antítese e síntese, Marx se dedicou a ampliar esse conceito ao colocá-lo em um panorama não somente do pensamento humano, mas também da realidade concreta, unindo, portanto, a dialética ao materialismo, adquirido pela visão contra a religião de Feuerbach. 

Nesse sentido, de modo a explicitar a luta de classes existentes no século XIX, Marx criou esse método científico de análise da sociologia, principalmente na obra "O Capital". Por conseguinte, devido às características próprias do Brasil, é possível encaixá-lo em uma visão marxista clássica, que expõe sobretudo as desigualdades existentes no país, o acúmulo de capital e uma herança - do colonialismo escravista - de exploração do ser humano, principalmente de afrodescendentes. 

Em suma, a fim de explicar por meio de um exemplo real, a PEC 206/2019, que propõe mensalidades em universidades públicas, explicita a realidade brasileira marcada por uma luta de classes, utilizando-se do método histórico-dialético, na qual aqueles que detém o capital e, logo, a exploração, buscam se perpetuar em suas próprias posições por meio de atividades tanto do Poder Legislativo e Executivo, quanto do poder Judiciário. 

Portanto, conclui-se que as premissas de que Marx e Engeles partiram, que são reais e evidentes, desde o século XIX, ainda podem ser aplicadas com precisão à realidade do Brasil do século XXI.

Cauan Eduardo Elias Schettini - Turma XXXIX - Direito matutino



Nenhum comentário:

Postar um comentário