segunda-feira, 19 de julho de 2021

Os valores positivistas

 O positivismo nasce no contexto da revolução industrial como uma

consequência da tentativa de Auguste Comte de formar uma das primeiras

formas de estabelecer as características técnicas das ciências humanas,

encaixando-as no seu devido espaço intelectual. Que na época estava quase

que dominado pela ciência natural, que estava ganhando um grande impulso

graças a própria revolução industrial, que enaltecia as grandes descobertas na

área das ciências naturais. Então, justamente por essa vulnerabilidade, Comte

se vê obrigado a “desenvolver “e acabar com essa defasagem nas

humanidades, baseando-se na montagem de um método cientificista como

feito em outras áreas anteriores ao próprio positivismo.

Essa filosofia positivista, tem como característica combinar a conservação e o

melhoramento, visando a “ordem e progresso”, usando como base a

centralidade moral e o amor a sociedade, logo condena o indivíduo em prol da

sociedade, descartando o homem e assumindo apenas a sociedade como meio

para a evolução. Além disso tenta resolver os problemas sociais com base na

explicação e intervenção da situação, em outras palavras busca resoluções

imediatas, onde são vistas as consequências, mas não são interpretadas as

causas.

Portanto, fica nítido que essa física social tem muitos traços de uma

pseudociência, justamente pelo fato de procurar a resolução de determinadas

situações de maneira imediata, que acaba causando uma falta de profundidade

e de interpretação nos problemas, produzindo um raciocínio superficial e

equivocado, além de se fundar frequentemente em ideias deterministas.

Aplicando um pensamento de moral patriarcal, ou seja, apresenta uma

prioridade seletiva, impedindo a igualdade social para com as minorias e

culpando as mesmas pelas dificuldades, com o intuito de diminuir os motivos

de nossas lutas, categorizando as culturas e destruindo as culturas não

predominantes.


Vinícius Barboza Felix dos Santos, Direito Matutino.

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