segunda-feira, 28 de junho de 2021

a política de cotas e o poder do saber

 Associando a ideia de Descartes que “pensar é existir” ao pensamento da cientista Sofia Hoffman, personagem retratada no filme “O Ponto de mutação”. É possível estabelecer um paralelo entre o pensamento crítico proposto pelo filósofo e a mudança de perspectiva defendida pela estudiosa.  Para ela, vivemos uma crise de percepção, onde se investe em tratamento e não em prevenção. Em um mundo onde o investimento em corações mecânicos é muito superior, por exemplo, ao investimento em políticas de incentivo a estilos de vidas mais saudáveis e equilibrados.  

Sendo assim, é possível utilizar a frase “Saber é poder”, citada no filme, para sintetizar a ideia de que o aprendizado permite uma visão mais crítica de mundo. Essa visão, isoladamente, pode ser que não cause grande mudanças sociais, mas a ação advinda desta é responsável pelo rompimento de situações de injustiça e desigualdade, representando desta forma o efetivo poder do saber. 


As cotas, por exemplo, foram uma forma de poder que o conhecimento nos deu como sociedade. A capacidade de análise de desigualdades e a constatação do racismo ,apenas na teoria, apesar de sua enorme importância, ainda não é suficiente para mitigar as gigantescas diferenças de oportunidades no Brasil, necessitando de ações práticas através de programas sociais, como por exemplo, as cotas. Com a finalidade de que projetos possam ser colocados em prática e causarem mudanças efetivas na sociedade. 


As cotas atuam com a proposta de incluir grupos marginalizados pela sociedade em locais como universidades, empresas, escolas e assim por diante. Dessa forma visam contribuir para uma aplicação mais realista do Estado Democrático de Direito.  Essa política vem mudando o cenário das universidades brasileiras, que até então eram ocupadas por grupos de maioria branca e rica e diversificando o perfil de pessoas detentoras de ensino superior.  


Jade Cocatto - noturno 

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