Mas afinal, por que obedecemos?
Ora, o que é obedecer?
Ah, certamente é o indivíduo a cultura vigente se submeter
Mas quem vai os obrigar a assim o fazer?
Obrigar? Que nada meu caro, as lojas te atraem, compremos!
Não, não é preciso impor nada
Se quiseres pertencer e ter namorada, irás legitimar a nossa parada.
Como pretendes viver em nosso meio se fores tão diferente?
Talvez esse deva ser seu maior receio, pensar e viver divergindo da gente.
Quero saber sobre seu subjetivo,
Afinal, que é o social sem o individual?
Te liberto para que de livre vontade, sem perceber, escolha se submeter ainda que induzido.
Venho dizer de forma amigável e doce
Dependes de mim e eu de você.
Vem ser feliz!
Assim diz o publicitário pago pelo empresário.
Viver sem seguir nossos padrões te deixará por um triz.
Você é livre para fazer o que te imponho.
O direito veio te proteger,
Você o aceitou agora não há para onde correr, aliás, você não quer assim o fazer.
Eu vejo um indivíduo livre,
Mas que liberdade é essa que se expressa diante de cerceamentos?
Espere, só um momento,
Não quebre nossas expectativas, a fôrma que em ti se impõe deve ser o que te compõe em maior intensidade,
Afinal, você sente que essa deve ser sua maior verdade.
Não tens do que fugir quem preso não se percebe ali,
Talvez pudesses correr se sentisses ao o que temer.
Porém, tu te encontras imerso.
Será que foi em algum verso do novo merchandising, no temor ao inferno ou qualquer ameaça da credulidade que se compôs a sociedade?
Não, estás errado, na Igreja se encontra a salvação do pecado,
Nas pratilheiras, o remédio da inserção,
Nas farmácias a cura para a depressão,
Eu aceitei, não quero dizer não e não ser desejado!
Vou me adequar as receitas sociais e soluções universais tereis encontrado!
Isso está dentro de mim, minha cultura me instruiu a ser assim.
Por fim, só te peço que a ciência não se confunda com a sua verdade
Diga com sinceridade,
O tipo ideal é para você disso tudo a finalidade?
Danieli Calore Lalau - 1° ano de Direito - Noturno.
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