domingo, 26 de maio de 2019

Um olhar marxista na sociedades capitalistas atuais



Marx e Engels fazem em suas obras uma análise da história da humanidade como sendo um constante movimento gerado pelo conflito de forças que se opões. Isso é feito a partir da observação da própria realidade, pois há uma tentativa de fugir dos idealismos para perceber a realidade como ela é de fato. Utilizando-se essa metodologia é possível observar e tentar compreender a sociedade atual e suas diversidades.
Através do desenvolvimento tecnológico, que possibilitou o avanço nos sistemas de produção, foi visto inicialmente como uma possibilidade de facilitar o trabalho humano. A lógica capitalista de produção contínua visando a competição vai contra esse pensamento inicial e faz com que os trabalhadores continuem com elevadas cargas de trabalho, para que se possa extrair desse avanço não uma melhora das condições humanas, mas sim uma superprodução visando o lucro. Nessa perspectiva, pode-se compreender a rotina exacerbada do “novo capitalismo”, onde os funcionários têm jornadas exaustivas de trabalho, que não termina no local de trabalho propriamente, mas estende-se a seu próprio lar, onde o indivíduo utiliza-se das tecnologias atuais como o computador para dar continuidade as suas tarefas.
Dessa forma é possível concluir que a metodologia marxista ainda é extremamente válida para entender o funcionamento da sociedade. O homem é sujeitado ao conflito de forças anterior a ele, dentro da dinâmica capitalista atual a tecnologia que deveria facilitar a vida dos indivíduos é utilizada para extrair deles o máximo que pode produzir. Essa condição de vida é extremamente danosa a essas pessoas, que passam a ter rotinas voltadas totalmente ao trabalho, sem tempo para praticar outras atividades.


Gustavo Dias Polini - Direito Noturno

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