domingo, 26 de maio de 2019

Dialética corrompida


Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.
Rosa Luxemburgo
A dialética nada mais é que a arte de dialogar, poder de argumentação, de raciocínio expressado em palavras. Vários filósofos exploraram diferentes diretrizes para a dialética como Platão, Aristóteles, Marx, Hegel, entre outros.
A dialética material criada por Marx demostra que as relações sociais e econômicas do ser humano está inteiramente ligada à sua estrutura histórica, diferentemente do pensamento de Hegel que assumia a dialética do ponto de vista ideológico, onde as leis históricas determinavam o momento vivenciado pela sociedade. Marx se dedicou ao estudo das classes, onde criticava fortemente o capitalismo.
Atualmente podemos pensar como o modo capitalista analisado por Marx continua afetando a vida do ser humano em suas relações com a família, com seu grupo, política, direito; o novo mundo capitalista traz uma flexibilização em vários aspectos na vida do ser humano, o trabalho exacerbado é uma das problemáticas presentes no contexto de vida moderna. Daí podemos pensar nas duas extremidades tratadas por Marx como consequência do capitalismo, que é a miséria e a acumulação de riqueza, o trabalhador cada vez mais sofre com a instabilidade no mercado de trabalho, o direito também se submete a evolução progressista da sociedade resultante da ambição de um grupo dominante, refletindo a insegurança do trabalhador que é cada vez mais cobrado a produzir resultados instantâneos.
Marx enxergava a mais-valia como meio de exploração do trabalho tirando a essência humana do homem, e por fim acreditava que o modo capitalista iria se findar com a luta dos operários, com a chegada do comunismo, extinguindo a força do Estado controlado pela burguesia. Infelizmente o comunismo não se concretizou de forma a acabar com o capitalismo, e hoje enfrentamos uma sociedade com pessoas desnorteadas por viverem com a imposição da classe rica, onde moramos no trabalho e visitamos nossa casa; os valores estão invertidos e não há batalha com finalidade de combater a opressão e sim um conformismo de trabalhar para comer, consumir para ser feliz, conquistar luxo, viver de acordo com a vida moderna. Um corpo social alienado, corrompido.

Joyce Mariano Santos
Direito - Noturno

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