domingo, 26 de maio de 2019

A soberania do capitalismo sobre a sociedade contemporânea

O sistema vigente nos dias atuais vem se desenvolvendo desde o século XV, após o declínio do sistema feudal, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. No século XIX diversos filósofos desenvolveram obras acerca da conjuntura social e econômica gerada por esse sistema, podendo-se destacar, entre eles, Karl Marx e Friedrich Engels, que além de analisarem o sistema, ainda forneceram, através do socialismo científico, uma forma de solucionar os problemas sociais gerados.
As extensas obras dos dois filósofos, sobre o capitalismo podem ser utilizadas como base para demonstrar as mudanças desse sistema ao longo do tempo. Na obra “O Capital”, o conceito de materialismo histórico-dialético de Marx permite o entendimento da história através da transformação das relações de trabalho e da posse dos meios de produção.
Na contemporaneidade, esse sistema sofreu um grande desenvolvimento e se difundiu ainda mais na sociedade, algo que não foi previsto por Marx, já que o filósofo esperava que houvesse uma ruptura que partiria da revolução do proletariado.
O capitalismo está intrinsecamente ligado com a vida dos indivíduos e com os ideais dos trabalhadores, que não se mobilizam. Isso pode ser motivado, por exemplo, pelo medo de perderem seus empregos, ou pelo simples fato de terem se “acomodado” a esse sistema, que já perdura por séculos, pois como afirma Marx, em 18 brumário de Luís Bonaparte: “os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”.
Na realidade social brasileira, não há uma visão da totalidade, tampouco uma perspectiva de mudança, e destarte, o individualismo se sobressai em relação ao coletivo. Isso permite que a “dialética que nos pariu”, ou seja, a dialética do capitalismo – superabundância x miséria – se perpetue, mesmo com as crises.
Além disso, o Direito, que deveria servir de instrumento para mudanças sociais, está sendo utilizado para manter a “ordem”, ou seja, impedir que ocorra uma ruptura com o sistema. Um exemplo disso é a reforma da previdência, onde o poder das leis, que deveria ser usado tendo em vista o bem da população, apenas favorece o problema que deveria erradicar.
Através disso, é possível concluir que há a necessidade de a sociedade enxergar as extremas desigualdades como um problema de fato, tenham empatia e consciência de unidade, além de encontrar forças que realmente a represente no âmbito político, para que desta forma, se efetive a mudança.



Daiana Li Zhao - 1º ano - Direito Matutino

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