terça-feira, 2 de abril de 2019

A ciência e o fascismo


 O fascismo é um regime político que surgiu na Europa, ganhou força após a Primeira Guerra Mundial e que visava proteger o sistema capitalista da ameaça comunista e superar a crise econômica; isso através de um discurso raso e que incitava o ódio e a violência. Esse regime vem ganhando força novamente no cenário atual, e isso só é possível com o apoio da população a um líder carismático e hostil, uma vez que “nenhum santo se sustenta só” segundo a frase dita no filme “Ponto de mutação”.
 O capitalismo defende a ideia de Bacon de que a ciência deve escravizar a natureza e usá-la em prol do desenvolvimento e a ideia mecanicista de Descartes, que afirma que a natureza e o mundo funcionam como um relógio. Essas ideias sustentam o sistema capitalista e, por isso, acarretam a crise do capital, já que esse sistema e o bem de todos – incluindo o da natureza - não condizem, e essa crise abrirá caminho para a ascensão do fascismo. Portanto, não é a ciência mecanicista e utilitária que nos ajudará a escapar do fascismo, pelo contrário, é a que nos levará em direção a ele.
 A ciência que preza pelo bem-estar humano e da natureza, que promove a reflexão crítica a cerca de tudo nos afeta, que analisa o sistema por inteiro – como defende a personagem Sonia do filme citado no primeiro parágrafo - e que abandona a visão mecanicista é a que nos ajudará a escapar desse regime totalitário que vem crescendo.

Bianca Namie B. Mizobe / noturno

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