segunda-feira, 2 de julho de 2018

O sociólogo Axel Honneth em sua obra “luta pelo reconhecimento” traz a teoria do
reconhecimento, na qual revela as esferas do reconhecimento e como elas ajudam a
formação de um movimento social.

No seu estudo o autor revela que a luta pelo reconhecimento depende do amor, do direito
e da solidariedade. O amor é mister ao grupo que busca reconhecimento  pois esta esfera
faz com que o sujeito veja a si mesmo como ser independente, exercitando o
auto-conhecimento, e passa a ver os outros da mesma forma. O direito, por sua vez, é
importante para a luta em questão de que o indivíduo apenas se torna aceito socialmente
a partir do momento em que a esfera do direito o reconhece, isto é, o cidadão obtém uma
valorização social, valorização que o permite enxergar não só a si mesmo, mas como,
também, o outro como pessoa que desfruta de autonomia jurídica, auto-respeito. A
solidariedade, por fim, é necessária em decorrer de garantir ao indivíduo auto-estima.

Um caso atual que ilustra o estudo de Honneth é da comunidade LGBT, a qual conquistou,
por decisão unânime do magistrado, o direito do casamento com pessoas do mesmo sexo,
isto é, o direito (legislação) de uma sociedade culturalmente homofóbica reconhecendo
os direitos de uma minoria oprimida. O amparo jurídico em questão é de suma
importância, já que o reconhecimento concebido ao movimento LGBT, não apenas
legitimou a autoconfiança e trouxe o auto respeito, mas, também, engendrou na
sociedade a identificação dos indivíduos como capazes do exercício pleno da vida civil.


As lutas e conflitos sociais apenas se tornam palpáveis quando é estabelecida a dimensão
do reconhecimento, ou seja, a união das esperas do amor (autoconfiança), do direito
(autorrespeito) e da solidariedade (autoestima), para que assim a pessoa seja concebida
como ser autônomo, com desejos e objetivos únicos.
Turma XXXV


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