segunda-feira, 25 de setembro de 2017

A atual esquerda pós-moderna e seu processo de (des)legitimação


                   (Protesto contra Governo Temer em Brasília, DF, 2016.)

            Na atual dinâmica caótica brasileira, moldada por crises sócio-políticas e, principalmente, por falta de representatividade, observa-se, na esquerda brasileira, a insatisfação pela perca de direitos através de manifestações polêmicas, mais conhecidas como: “pra chocar/causar”. Essas, assim como a foto inserida acima, utilizam-se uma desconstrução e da quebra de tabus para protestar por uma causa, a qual deveria servir para o “povo”. Entretanto, tais movimentos, ao invés de transmitirem à população sua verdadeira intenção, eles afastam a massa trabalhadora – a qual deveria ser protagonista pela luta de direitos sociais, afinal, tal classe, muitas vezes, não tem acesso a uma criticidade suficiente para entender tais protestos ou então, são influenciados pelas notícias de uma mídia conservadora e reducionista. Ou seja, acarretam um efeito oposto do que deveriam “causar”.  A dominação, para Max Weber, não se dá, apenas, pelo domínio puro da classe - como Karl Marx versou-, mas sim pela legitimação de uma ação social sob outra através da competição entre vontades. Por esse prisma, analisa-se que esses atuais protestos da esquerda são deslegitimados por eles mesmos, ocasionando, para muitos, a legitimação racional de outros movimentos contrários a esses, como os da direita, dentre outros.
            Nesse sentido, urge uma autocrítica dessa atual esquerda pós-moderna, em que, ao invés de auxiliar e conduzir o trabalhador, dá suporte para que outros ideais os conduzam, seja por alienação ou não. Afinal, protestos assim, sem o apoio de quem realmente necessita, as massas, nunca será eficaz.

"A massa não é apenas objeto da ação revolucionária; é, sobretudo sujeito"
Rosa Luxemburgo 
Débora Amorim de Paula – 1º Direito – DIURNO 

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