segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Cadê a Crítica?

Um dos grandes pensadores do século XIX, Isidore Auguste Marie François Xavier Comte, discorre sobre a filosofia positiva. Sendo um dos precursores nessa área, ele influência grandes nomes desde John Stuart Mill, filósofo político, até Marie Curie, cientista polonesa. Dentre as visões passadas, sobre o assunto, um deles é a lei dos três estados. Vamos agora analisar um mesmo fato pelos três estados.
O primeiro estado seria o teológico, que explica as coisas através da ação contínua de seres sobrenaturais. Vamos analisar dada situação com esse olhar, por exemplo, Holocausto Brasileiro, ocorrido em Barbacena, com a morte de aproximadamente 60mil pessoas entre 1903 e 1980. Por essa visão isso seria uma permissão ou intervenção de alguma entidade divina, o que, por si só, explica o que houve.
Há também o segundo estado, que seria o metafísico, este dá aos seres sobrenaturais personalidades, sendo alguém especifico, determinando a cada entidade suas respectivas feitas. Analisando o mesmo caso sobre essa ótica, vemos que o genocídio ocorrido em Barbacena é algo permitida ou feita por uma intervenção de um ser sobrenatural específico, tendo como explicação a livre vontade desse ser.
Por último, mas não menos importante, temos o estado positivo, neste a explicação do ocorrido vem da observação humana sobre o ocorrido. Com esse olhar, é possível observar que o que ocorreu no Holocausto Brasileiro foi uma barbárie sem tamanha, tudo culpa de mandava e de quem executava. Para lá não iam apenas pessoas com necessidades especiais iam esposas a mando do marido alegando que esta cônjuge era doente. Toda a tortura e teste feitos lá eram de total responsabilidade dos “médicos”, ou seja, “humanos” que “tratavam” dessas pessoas.
Em suma, são três estados bem diferentes, o teológico, o metafísico e o positivo; segundo Comte nós passamos por esses três estados. São três modos de se ver as coisas, ele em sua obra, distingui bem os três estados mas hoje em dia vemos que não há uma distinção tão forte, ainda mais para os devotos. Além disso, as visões podem se comparar com o avanço da ciência por dar explicações melhores para situações. Há também certa “inocência” no primeiro e segundo estado, pois não tem uma investigação a fundo, apenas explicam por uma entidade do universo, determinada ou não; o que é raso, não há uma crítica, ou um pensamento em cima disso.

Gustavo Maciel Gomes – Direito – 1ºano – Noturno 

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