domingo, 20 de março de 2016

Bacon e suas contradições



A obra “Novum Organum”, lançada por Bacon no século XIX, teve grande importância para a humanidade, pois, nela, o autor formulou o princípio da indução científica. Bacon, tal como Descartes, visou o pragmatismo da ciência e, assim, ambos criaram uma metodologia para a ação, e não para a mera contemplação.
De acordo com Bacon, a interpretação empírica do mundo poderia ser contaminada por ídolos: da tribo, da caverna, da feira, e do teatro. Destes, pode-se identificar que o próprio autor-filósofo é vítima de, no mínimo, dois deles: os ídolos da tribo e do teatro. Isso porque Bacon não criticou ou questionou a religião. Para ele, Deus era como uma moral provisória e abandoná-la era inseguro.
Dessa forma, como suas próprias ideias estavam contaminadas por ídolos, pode-se deduzir o quão difícil – e, talvez, impossível – é desfazer-se deles. Pesquisadores e cientistas estão, em geral, “contaminados” por hábitos de onde vivem ou viveram; crenças e superstições adquiridas da religião, da astrologia, das filosofias, etc. É claro que, ao fazer ciência, deve-se tentar deixar de lado as próprias subjetividades, mas, às vezes, os ídolos estão presentes mesmo que inconscientemente.

Nathalia Neves Escher – 1º ano (noturno)

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