sexta-feira, 18 de março de 2016

Análise e interpretação : caminhos para a verdade

Francis Bacon foi um dos notáveis filósofos da ciência moderna. Ao lado de René Descartes, criou métodos para atingir o conhecimento verdadeiro, isto é, a verdade absoluta. A característica mais marcante desse filósofo é sua filiação ao empirismo, ou seja, defendia que a experiência e a observação seriam os fatores primordiais para alcançar a verdade.
Bacon se diferenciou dos filósofos anteriores a ele (Aristóteles e São Tomás de Aquino, por exemplo), ao criticar o caráter especulativo e contemplativo que muitos deles utilizam como métodos para compreender o mundo. Para ele, somente a observação e a experiência teriam espaço nesse processo investigativo, uma vez que as próprias convicções humanas estão recheadas de diversas ‘’falsas verdades’’. Outro ponto a destacar é que, Aristóteles e outros filósofos anteriores a Bacon, utilizavam do método dedutivo para chegar à verdade. Fato esse extremamente criticado por Bacon, pois para ele, a dedução não separa aquilo que é, realmente, verdade, daquilo que são as noções da mente (formuladas, segundo Bacon, pelos ídolos da tribo e da caverna).
Vale lembrar também que, Bacon, além de defender a experiência e a observação como precursores do conhecimento científico, ressalta também, a necessidade do ‘’adestramento mental’’, isto é, o trabalho de se guiar pelos sentidos, sem, porém, considerar suas próprias convicções, chamadas por esse filósofo, como antecipação da mente.

Portanto, nota-se que esse filósofo parte do pressuposto de uma filosofia mais prática, objetiva, afastando-se da subjetividade e quaisquer outros métodos que utilizam apenas da razão em si para o caminho da verdade. Desse modo, a partir da internalização das experiências e observações, juntamente, com a fragmentação das mesmas, para melhor refletir, será possível ter acesso ao conhecimento verdadeiro.

        Murilo Ribeiro da Silva   1°ano Direito, matutino

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